Foi lançado na manhã desta quarta, 28, Dia do Servidor Público, o GDF Saúde – plano de saúde para os servidores do Governo do Distrito Federal (GDF).
Durante a solenidade, foram apresentados os moldes de operacionalização, cronograma de adesão e o edital de chamamento público para o cadastro dos prestadores de serviço.
A adesão será escalonada e voluntária: primeiro, a partir de terça, 3 de novembro, o processo estará aberto para os profissionais da Saúde; a partir de 1º de dezembro, será a vez dos servidores da Educação e, em 4 de janeiro, começa o cadastramento dos servidores da Segurança Pública (incluindo os policiais civis do DF) e demais pastas.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF, Alex Galvão, acompanhou a cerimônia de lançamento no Palácio do Buriti. Para ele, o GDF Saúde marca o início de um tratamento digno dispensado à saúde do policial civil.
“Desde fevereiro, quando o sindicato esteve com o governador Ibaneis, ele se comprometeu a incluir os policiais civis nesse plano e, hoje, tivemos a confirmação. Agora, é importante que o convênio entre o Inas-DF e a PCDF seja assinado o mais rápido possível para que a adesão se acelere”, afirmou o presidente do Sinpol-DF.
CONTRIBUIÇÃO
O GDF Saúde deve beneficiar 500 mil pessoas entre servidores (efetivos, comissionados, ativos e inativos) e dependentes. Todas as regras do GDF Saúde seguem as determinações da Agência Nacional de Saúde (ANS) e prevê o sistema de coparticipação.
O plano de saúde cobrará do servidor titular uma taxa mensal de 4% sobre a remuneração bruta e de 1% por cada dependente (filhos com até 21 anos).
Os valores mínimos de contribuição foram estipulados em R$ 400 para titular e R$ 200 por dependente no caso dos servidores ativos (mas para servidores inativos, o valor por dependentes vai a R$ 400).
Já os valores máximos de contribuição ficaram em R$ 1 mil para titular e R$ 300 por dependente no caso dos servidores ativos (para servidores inativos, o valor para os dependentes mantém-se em R$ 400). Confira na tabela abaixo a simulação de valores para os policiais civis.
Nos atendimentos ambulatoriais, por exemplo, o servidor vai contribuir com 30% do valor tabelado para os serviços. Para os procedimentos hospitalares, a contribuição será de 5%.
MODELO
Quem aderir terá carência de 24 horas para casos emergenciais, 60 dias para consultas e três meses para exames complementares; para partos o prazo cresce para 300 dias e, para os demais casos, 180 dias.
A rede credenciada estará disponível em trinta dias, uma vez que o prazo para cadastramento dos prestadores de serviços começa na semana que vem. Inicialmente, o plano terá cobertura apenas para o Distrito Federal.
Para operacionalização do GDF Saúde, houve um acordo entre o BRB e o Inas-DF.
O primeiro disponibilizará o ambiente tecnológico para as adesões e o credenciamento da rede prestadora de serviços médico/hospitalares, além de oferecer a estrutura de atendimento e o compartilhamento de expertise adquirida no BRB Saúde.
O Inas administrará o plano, que operará em autogestão.
DEMANDA REPRIMIDA
De acordo com o governador Ibaneis Rocha, o GDF Saúde resolve um pleito de todos os servidores do GDF aguardado há mais de 20 anos quando da criação do Inas-DF. O governador ressaltou que até aqui, apenas 30% dos servidores tinham condições de custear um plano de saúde do próprio bolso.
“Esse plano de saúde já nasce grande; nasce com o potencial que será um dos maiores planos da América Latina. Ele vem atender a uma população que precisa, mas dependia de recursos públicos. Agora, estamos ajudando os servidores com o plano de saúde e, consequentemente, a população deixando o SUS para quem realmente precisa”, afirmou Ibaneis.
O presidente do Inas-DF, Ney Ferraz Júnior, reiterou o impacto que o plano de saúde terá para desafogar o SUS. “O plano tem como objetivo contribuir diretamente para desafogar o SUS, posto que quase 70% dos servidores ativos e inativos não tem nenhum plano de saúde, fazendo que eles se direcionam para a rede de atendimento privada”, reforçou.
“Estamos atendendo a uma demanda de mais de 20 anos com um plano de saúde que tem capacidade de atender até 500 ou até 600 mil vidas – dependemos, somente, de concluir os convênios com as forças policiais”, completou Ney.
*Postado originalmente às 12h47 e atualizada às 16h13