Da Comunicação Sinpol-DF
A diretoria do Sinpol-DF visitou, na tarde desta sexta, dia 2, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam II). Em reunião com os servidores da unidade, o sindicato recebeu uma série de demandas e foi informado de várias situações que prejudicam o trabalho no local.
Apesar de ser uma unidade nova, vários problemas estruturais têm dificultado o trabalho. Não há, por exemplo, alojamento masculino. Também não há cela, nem sala de contenção. O banco onde os presos ficam contidos é no mesmo espaço onde ocorre o atendimento, o que gera insegurança a todos e, por vezes, chega a comprometer o relato da vítima.
A principal queixa dos policiais civis, no entanto, diz respeito à falta de efetivo, pois a delegacia funciona como Central de Flagrante (Ceflag), recebendo, sobretudo, ocorrências relativas à Lei Maria da Penha de uma área que abarca mais de 520 mil pessoas.
Como os casos de violência contra a mulher são mais frequentes nas regiões administrativas em que ela atua, a média diária de flagrantes da Deam II chega a ser duas vezes maior do que na Dean I. O quadro de servidores lá lotados, por outro lado, é mais baixo.
Além desse número reduzido de policiais – realidade que se repete em grande parte das delegacias do DF –, a nova especializada não conta com uma destinação própria do Serviço Voluntário Gratificado (SVG).
Em geral, apenas um ou dois policiais – cedidos do total de voluntários recebidos pela 15ª DP – atuam, por meio do SVG, nos plantões da unidade. Por conta disso, várias atividades ficam prejudicadas, sobretudo diligências.
Outro problema é que, até o momento, os chefes de plantão não foram nomeados, apesar da previsão de ocupação desses cargos comissionados e da evidente necessidade – diariamente sentida pela equipe.
APOIO
Participaram da reunião o presidente do sindicato, Alex Galvão, o vice, Enoque Freitas, Diego Vaz (diretor de Assuntos Sindicais) e André Henrique da Silva (diretor Jurídico).
No encontro, os diretores do Sinpol-DF se comprometeram a apresentar todas essas demandas ao Departamento de Polícia Especializada (DPE), a fim de se buscar alternativas administrativas para a solução dos problemas.
Uma agenda para a reunião com o diretor do DPE já foi formalmente solicitada e o sindicato espera que ela ocorra nos próximos dias.
A avaliação do Sinpol é que a excelência do trabalho e o atendimento com qualidade às vítimas que procuraram a especializada, ou lá são levadas pelas outras delegacias, ocorrem, hoje, graças à dedicação extrema dos servidores. Eles têm gerado frequentes pautas positivas para a instituição, mas também esperam que ela oferte as mínimas condições para o desempenho da atividade.