Da Comunicação Sinpol-DF
A Diretoria Executiva eleita para o triênio 2020/2023 do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) reuniu-se com o diretor-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), Robson Cândido, na manhã desta quarta, 22.
O encontro marcou a abertura do canal de diálogo entre a corporação e a nova gestão do Sinpol-DF.
Robson deu as boas-vindas à nova diretoria e parabenizou o grupo pela vitória. “Vocês venceram porque a categoria achou que seria a melhor opção”, declarou. Ele defendeu que a gestão da PCDF e do Sinpol estabeleçam uma relação de sintonia e harmonia e considerou essa conversa inicial como o primeiro passo para isso.
“O nosso desafio, hoje, enquanto Polícia Civil, é prestar um serviço de qualidade. Temos que levar a nossa imagem, a nossa força para a população. É um esforço que precisa ser feito em conjunto”, afirmou.
Alex Galvão, presidente eleito do Sinpol-DF, por sua vez, pontuou que o clima organizacional da instituição tem muito peso para isso. Um ponto principal, segundo ele, é a melhoria das condições de trabalho.
“O sindicato se preocupa muito com as tensões que se estabelecem nas unidades com decisões e ordens de serviço que causam constrangimento e geram insatisfação na categoria. Isso se reflete até no atendimento ao cidadão e precisa ser equacionado”, frisou.
PLEITOS
Durante a reunião, a diretoria eleita provocou o debate sobre pleitos já defendidos durante as eleições e que devem tomar a prioridade do trabalho, como o plano de saúde, o auxílio-uniforme, o concurso de remoção e a unificação dos cargos, por exemplo.
Os diretores destacaram a necessidade da padronização de procedimentos nas unidades, sobretudo nas delegacias, a fim de se atingir uma melhoria do trabalho diante do baixo efetivo. “Há uma burocracia muito grande nas unidades e isso prejudica demais a investigação”, comentou Talles Souza, diretor Jurídico-adjunto eleito.
“Sem resolver isso, nós não conseguiremos uma melhoria efetiva”, acrescentou Vanderlei Malta, diretor de Comunicação eleito.
Robson, embora não tenha se manifestado diretamente sobre o auxílio-uniforme, afirmou que a PCDF está em processo de aquisição de kits de uniformes padronizados para serem usados, principalmente, durante o plantão nas delegacias e em operações.
Cada kit, segundo o diretor-geral da instituição, conterá três camisetas, duas calças táticas, cinto, jaqueta e par de botas.
Além disso, Robson anunciou que a substituição do armamento utilizado pela PCDF será concluída em setembro com a entrega das pistolas 9mm da Glock. Diante dessa informação, a nova diretoria sugeriu que as pistolas .40 possam ser adquiridas pelos policiais civis.
Os diretores se prontificaram a trabalhar por uma legislação que facilite essa aquisição e contemple, inclusive, os aposentados, uma vez que eles devolvem o armamento no ato da aposentadoria. O diretor-geral da PCDF concordou com o pleito.
Robson explicou, ainda, que já existe, dentro do Planejamento Estratégico da Polícia Civil medidas para a padronização dos procedimentos. As primeiras ações nesse sentido estão em implantação e envolvem, em um primeiro momento, a padronização das ocorrências de crimes contra o patrimônio e o treinamento contínuo dos servidores que atendem nos plantões.
O diretor-geral admitiu que até 2023, não há muito o que avançar na questão do efetivo. O concurso anunciado recentemente coincidirá com o processo eleitoral de 2022 e, assim, os primeiros nomeados só chegarão no ano seguinte. “Até lá, nosso desafio vai ser fazer mais com menos”, explicou.
APOSENTADOS
O atendimento aos aposentados nas delegacias, uma questão bastante sensível entre a categoria, também foi discutida na reunião.
Sueli de Barros, atual diretora de aposentados reeleita para a nova gestão, lembrou que no discurso de posse Robson mencionou esse assunto diretamente. Por isso, ela pediu apoio da instituição para os projetos que a nova diretoria desenvolverá nesse âmbito. “Nós recebemos muitos relatos de colegas com queixas sobre o tratamento dispensado a eles e precisamos conscientizar os policiais civis da ativa sobre isso”.
“Este é um ponto a ser trabalhado”, completou Robson, concordando em apoiar as iniciativas do Sinpol-DF nessa área.
DIÁLOGO
Embora esse primeiro momento já tenha despertado o debate sobre alguns pleitos, a diretoria voltará a se reunir com o diretor-geral após a posse para tratar deles de maneira mais efetiva.
Segundo Alex Galvão, esse primeiro contato serviu para abrir um diálogo franco com a PCDF. “Diálogo é fundamental e nós acreditamos que muitas das questões podem ser resolvidas assim. Nossa luta é pela Polícia Civil como um todo. Estabelecer essa parceria é importante porque temos muito a crescer; muito a ganhar, mas, jamais, sem esquecer de que vamos, sempre, defender a categoria”, assegurou o presidente eleito do Sinpol-DF.