Delegado-chefe da 35ª já lançou OS irregulares em outras oportunidades | Foto: Lucas C. Ribeiro/ Arquivo

Da Comunicação Sinpol-DF

A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) informa que, por meio da Diretoria Jurídica, adotará medidas para suspender a Ordem de Serviço (OS) publicada pelo delegado-chefe da 35ª DP, em Sobradinho II, na última quarta, 24.

O documento escala policiais civis lotados na unidade para a denominada “Operação 35ª DP”, programada para sábado, 27, com o objetivo de coibir aglomerações e perturbação do sossego em Sobradinho II e na Fercal.

Além de flagrante desvio de função, uma vez que o policiamento ostensivo não é uma atribuição dos policiais civis, o delegado coloca os servidores em risco, pois a equipe escalada circulará pelas ruas daquelas duas comunidades se expondo ao COVID-19.

Na semana passada, delegado já havia executado uma operação nos mesmos moldes, mesmo sob uma situação irregular.

Há anos, o sindicato tem denunciado a alta defasagem do efetivo na PCDF e expondo, constantemente, como isso tem se refletido no atendimento à população, nas investigações e, principalmente, na saúde dos policiais civis.

Na 35ª, a situação não é diferente: o número de servidores lotados lá não tem sido suficiente para as demandas ordinárias nem mesmo com o Serviço Voluntário Gratificado.

Mas ainda que houvesse condições de execução dessa OS, ela continuaria ilegal. Em um cenário de uma pandemia, a situação é ainda mais grave.

PRÁTICA RECORRENTE

Não é a primeira vez que o delegado-chefe da 35ª DP lança uma Ordem de Serviço flagrantemente irregular e desrespeitosa às atribuições dos policiais civis.

Recentemente, ele determinou que as equipes de plantão da mesma delegacia fizessem a segurança do perímetro adjacente à unidade, abordassem e revistassem pessoas e veículos que nas proximidades da DP, executassem rondas noturnas nas quadras residenciais da vizinhança e o registro de irregularidades administrativas como ocorrência policial.

Meses antes, ele criou uma “delegacia itinerante” na Fercal. Nas duas oportunidades, o sindicato também se manifestou e acionou a justiça.

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