Da Comunicação Sinpol-DF
Os aposentados que moram no Gama, Santa Maria e regiões adjacentes atenderam à convocação do Sinpol-DF e participaram nesta quinta, 16, de uma reunião com a diretoria do sindicato. A recomposição salarial (paridade), a reforma da previdência e a assistência à saúde foram os principais tópicos abordados.
Sobre o primeiro ponto, o presidente Rodrigo Franco “Gaúcho” fez uma retrospectiva de todo o movimento de luta iniciado há cerca de quatro anos. Ele lembrou que o pleito já dura dez anos, o que tem resultado em grandes prejuízos para os policiais civis: “Estamos acumulando dívidas e perdendo o poder de compra enquanto todas as outras carreiras do funcionalismo distrital e federal conseguiram avançar”, afirmou.
Ele assegurou que a diretoria continua trabalhando para que o pleito avance e informou que a mensagem tem tramitado no governo federal, no âmbito do Ministério da Economia. “Já há parecer favorável à nossa recomposição. Falta, agora, vontade política do governo federal para editar a Medida Provisória”, informou.
“Nós fomos em vários parlamentares para destravar essa pauta e fomos recebidos, inclusive, pelo Eduardo Bolsonaro; já pedimos agenda com Paulo Guedes e com o presidente, mas a resposta, até aqui, é que será preciso esperar a reforma da previdência”, completou Gaúcho.
“Estamos lá no Congresso Nacional, todos os dias, defendendo esse pleito”, acrescentou Alex Galvão, diretor-adjunto de Benefícios, Cultura e Políticas Sociais do Sinpol-DF e vice-presidente da Cobrapol.
IDENTIDADE DA PCDF
Para o presidente do Sinpol-DF, porém, ainda que a mensagem já tinha sido enviada, o sindicato tem cobrado o governador Ibaneis Rocha e o diretor-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), Robson Cândido, um reforço na defesa do pleito. “Hoje nós temos as portas do GDF e da PCDF, que precisa fazer o lobby institucional, abertas. Mas é preciso comprar essa briga, pois a polícia está desmotivada. Estamos em um contexto muito ruim”, frisou.
Todo esse processo envolvendo a paridade, contudo, revela a necessidade de se resolver, de maneira definitiva, a identidade da PCDF. O sindicato deu um importante passo para isso ainda em 2017, quando provocou o Supremo Tribunal Federal (STF) a se posicionar sobre o tema.
O Sinpol-DF ingressou com uma ação na corte e aguarda uma decisão. “Politicamente, não há interesse em resolver essa questão de termos “dois patrões”. Mas é preciso que isso chegue a uma definição para que nossa situação seja completamente definida”, defendeu Gaúcho.
PREVIDÊNCIA E SAÚDE
Coube ao vice-presidente Paulo Sousa colocar os aposentados a par da Reforma da Previdência. Ele detalhou alguns pontos que mexem com quem já está aposentado, como o aumento na alíquota de contribuição e o cálculo das pensões e aproveitou para reiterar a convocação para o ato que ocorrerá dia 21, às 13h, em frente ao Congresso Nacional.
“Neste momento, a sinalização do presidente, que foi eleito sob apoio da Segurança Pública, é contra os policiais. A Reforma da Previdência é feita para beneficiar bancos. As consequências, se ela for aprovada, são sérias e os aposentados também sofrerão o impacto. Por isso é importante a mobilização”, argumentou.
Sobre a assistência à saúde, Paulo reiterou a informação já transmitida em outras ocasiões acerca da criação do Hospital da Segurança Pública, anunciado pelo governador. “Estamos cobrando isso também. Há a questão dos problemas financeiros, que formam um empecilho, mas continuamos lutando por isso, pois a saúde sempre foi a nossa segunda bandeira, depois da recomposição salarial”, explicou. O aumento do auxílio saúde também é pauta do sindicato.
OUTROS TEMAS
Os dirigentes ainda transmitiram informações sobre o pagamento das licenças-prêmio do período de 1996-2006, cujo pagamento, segundo informou o diretor-geral da PCDF, ocorrerá em 36 parcelas tão logo o GDF libere recursos.
Indagados sobre a publicação das atribuições, os diretores informaram que a decisão recente do STF sobre a reestruturação da PCDF abriu um importante espaço para que elas sejam publicadas e essa demanda já foi levada a Robson Cândido.
Ao final da reunião, foram escolhidos dois aposentados para assumir a figura de representantes sindicais dos aposentados daquela região. Na oportunidade, os policiais que participaram do evento elogiaram a iniciativa do sindicato em descentralizar os encontros com a base – medida que será mais frequente, conforme a diretoria do Sinpol-DF já anunciou.
Seguindo o calendário de reuniões com os aposentados, a próxima ocorrerá na próxima sexta, 24, às 9h, em Sobradinho, voltada a quem mora nessa cidade, em Planaltina e demais áreas. O encontro será realizado na Loja Maçônica Fraternidade e Justiça II (Quadra 06, Área Especial 03, ao lado da Vicar Automóveis).