Da Comunicação Sinpol-DF
Três dirigentes do Sinpol-DF acompanham, em Curitiba, o 17º Congresso Nacional dos Policiais Federais (XVII Conapef). O evento ocorre a cada três anos, é organizado pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e, neste ano, tem como tema “Novas práticas e novas tecnologias de investigação policial”.
Na programação, debates sobre os desafios da carreira policial, a reforma do sistema de Segurança Pública do país e modelos de polícia. O destaque ficou com a participação do xerife-delegado Eliel Teixeira, único brasileiro a ocupar um posto de autoridade policial nos Estados Unidos.
Teixeira, inclusive, é brasiliense, de Taguatinga, e vive nos Estados Unidos há mais de 15 anos. No evento, ele falou sobre como o modelo americano de polícia se estabeleceu após uma mudança no sistema.
De acordo com Alex Galvão, diretor do Sinpol-DF e vice-presidente da Cobrapol, participar de evento como esse é importante para acompanhar o debate que envolve carreira única (entrada única) e a unificação dos cargos da base.
Segundo ele, as discussões no Conapef mostram, até o momento, como a modernização da investigação policial se reflete em uma maior eficiência nesse processo. “Há duas questões fundamentais: a primeira é ter um cargo único de entrada, com formação numa carreira policial, e não cargos distintos na estrutura da Polícia; a segunda é ter uma carreira com entrada única porque quem vai chegar ao topo é aquele que teve uma larga formação, especializado na atividade”, explica.
Outro ponto central, segundo Alex, é que a investigação policial não está inserida no tripé da Justiça na lógica atual. “Ela está à parte disso para poder juntar as evidências, reconhecer a autoria e levantar as provas que precisam ser encaminhadas ao judiciário. Por isso, para ter sucesso, a Polícia não precisa de uma carreira eminentemente jurista, mas uma carreira policial”, pontua.
AÇÕES FUTURAS
O Conapef também é uma oportunidade para que os sindicatos filiados à Fenapef façam um panorama das ações da federação nos últimos anos e projetem a postura a ser adotada próximo triênio.
Dentro dessa perspectiva, o evento também conta com o seminário “Projetos Fenapef: novas alternativas e novos caminhos”, quando os participantes propõem teses, projetos ou moções que levantem a discussão em torno das novas práticas e novas tecnologias na investigação policial e das alternativas para implantação de projetos da Fenapef.
De acordo com a federação, essas teses aprovadas serão convertidas em material de divulgação junto aos operadores do direito, aos representantes eleitos pela sociedade civil, às universidades, faculdades, centros de pesquisa, institutos, fundações, fóruns de segurança pública e privada e, em especial, aos policiais e demais operadores de segurança pública. Elas também farão parte do Painel Permanente de Segurança Pública e os projetos aprovados farão parte do Painel Sindical Policial Federal.
Nessas discussões, também de acordo com Alex Galvão, foi possível perceber como a Fenapef deixou de lado a postura mais combativa na luta pelas reivindicações dos policiais federais para trabalhar pela via da articulação política, “pela via da conversa, da construção e, não dando certo, por outros meios. Esse é um panorama, foi muito enriquecedor”, pondera o diretor.
Junto com Alex Galvão, acompanham o evento as diretoras Marcele Alcântara e Elcimar Nunes. O Conapef prossegue até esta sexta, 30. Além dos dirigentes do Sinpol-DF, também enviaram representantes ao evento a Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) e ANPF.