22.08.17 Assembleia Geral Extraordinária na Praça do Buriti.

Da Comunicação Sinpol-DF

Centenas de policiais civis voltaram na tarde desta terça, 22, à Praça do Buriti para, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), decidirem os rumos do movimento em prol da manutenção da paridade histórica e legal entre os vencimentos da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e da Polícia Federal (PF).

Logo no início do ato, a categoria foi atualizada sobre as ações mais recentes do Sinpol-DF, desde a assembleia realizada na terça anterior, 15, no mesmo local. O objetivo daquela AGE era pressionar o Governo do Distrito Federal (GDF) para que não realizasse cortes no orçamento previsto para a PCDF em 2018 e, sobretudo, cobrar a reabertura das negociações.

Na ocasião foi aprovado também que o Sindicato deveria enviar um ofício dando o prazo de 72 horas para que o GDF recebesse os representantes da categoria e foi promovida, ainda, uma manifestação no gramado em frente ao Palácio do Buriti. “Naquele mesmo dia, nós fomos recebidos, portanto o objetivo foi alcançado”, afirmou o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”.

Na quinta seguinte, 17, ocorreu uma nova reunião com os secretários que compõem a Governança do GDF – Casa Civil, Fazenda e Planejamento. No encontro, que durou cerca de duas horas, foram colocados todos os argumentos em defesa do envio da mensagem. O governo, no entanto, afirmou não ter condições, neste momento, ou mesmo no próximo ano, de apresentar uma proposta aos policiais civis.

Durante a assembleia desta terça, Gaúcho informou ainda que os secretários pontuaram também que, “nem mesmo as propostas pífias apresentadas no ano passado estariam mantidas”. “Portanto, fica muito claro que o GDF nunca pretendeu fazer uma recuperação das perdas salarias da categoria”, reforçou o presidente do Sindicato.

“O Governo do Distrito Federal retirou seu compromisso, retirou a sua palavra e frustrou, mais uma vez, essa categoria”, criticou Gaúcho, ressaltando que o GDF “fecha os olhos para essa grave crise da Segurança Pública e não imagina o retorno que os bravos guerreiros da Polícia Civil podem dar em razão da sua motivação que, hoje, está sepultada pela falta de visão política do governador”.

AÇÃO

Em resposta ao posicionamento do governo distrital, na manhã da última sexta, 18, foi realizada uma manifestação em frente ao Complexo da PCDF para deixar claro que a categoria não se calará, mas lutará até a vitória para alcançar a paridade. Além disso, o Sindicato tem buscado também o avanço da articulação política em torno do pleito.

Na manhã desta terça, 22 foi realizada uma reunião, na presidência da Câmara Legislativa do DF (CLDF), com deputados distritais e federais a fim de traçar estratégias de ações políticas a serem realizadas a partir desta semana.

Ao fim do encontro, foi solicitada uma agenda com o governador – onde os parlamentares irão cobrar uma solução para a questão da Segurança Pública e, especificamente, da Polícia Civil. Durante a AGE, foi anunciado que reunião já foi agendada para esta quinta, 24, às 17h no Palácio do Buriti.

A atuação do Sindicato no âmbito jurídico também foi atualizada para os policiais presentes na assembleia. A entidade deu entrada em uma ação buscando na Justiça a mediação para as negociações salariais, entretanto, a primeira decisão foi contrária. O Sinpol-DF fará, então, a apelação ou promoverá uma nova ação de mediação, desta vez na Justiça Federal.

“Nós não estamos pedindo favor nenhum ao Governo do Distrito Federal nem ao Governo Federal. Estamos reivindicando algo que é histórico e de direito”, defendeu o vice-presidente do Sinpol-DF, Paulo Roberto, que aproveitou o momento para esclarecer também questões acerca das propostas apresentadas pelo GDF no ano passado.

“Nunca foi ofertado para o Sindicato nenhum reajuste que chegasse próximo à paridade ou que entrasse em vigor até agosto de 2017. Todas as propostas recebidas foram logo apresentadas em assebleia e votadas pela categoria”, ressaltou Paulo, rechaçando os boatos de que houve propostas diferentes.

“Nesse momento de desespero e desesperança, a gente espera por uma participação efetiva ainda maior da categoria e uma forte união entre todos os policiais civis em prol dessa categoria tão valorosa e essa reivindicação tão necessária”, clamou o vice-presidente do Sindicato.

DECISÕES

Iniciadas as deliberações, os policiais civis votaram por não deflagrar greve neste momento. Houve, no entanto, a manutenção do estado permanente de assembleia e, caso os sindicatos dos delegados e dos peritos criminais decidissem entrar em greve, o Sinpol-DF voltaria a convocar a categoria, recolocando a pauta em discussão, mas na assembleia ocorrida na noite do dia 22 os respectivos sindicatos decidiram por não fazerem paralisações ou greve neste momento.

Outra sugestão aprovada pelos policiais presentes foi a realização de uma vigília em frente ao Palácio do Buriti na próxima quinta, 24. O ato será iniciado às 17h, horário em que está prevista a reunião entre o governador e os parlamentares distritais e federais que defendem o pleito da categoria.

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