Um dia após o ato histórico de entrega das chefias em toda a estrutura da Polícia Civil do DF, a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) se reuniu com os representantes sindicais a fim de debater novas estratégias dentro da mobilização iniciada há mais de um mês.
No encontro, realizado na tarde desta quarta, 17, discutiu-se principalmente quais os desdobramentos esperados pela categoria com os cargos em aberto. “Agora é uma questão de postura que nós temos que adotar”, frisou Rodrigo Franco “Gaúcho”, presidente do Sinpol-DF. “Não vamos assumir atividades que não são nossa responsabilidade”, aconselhou.
Gaúcho destacou que nesse momento é importante os policiais manterem a adesão às instruções da cartilha da operação “PCDF Legal”. A ampliação dela nessa nova conjuntura, inclusive, também foi debatida na reunião.
Além do que já foi sugerido nas últimas assembleias, a diretoria recebeu novas sugestões trazidas pelos representantes após discussão nas bases que eles integram. “Por isso é importante nos reunirmos, pois precisamos esclarecer todas as dúvidas, ouvir vocês e ouvir as bases”, acrescentou Gaúcho.
Houve, ainda, a discussão de pontos e estratégias que serão apresentados para a categoria na assembleia convocada para esta quinta, 18, às 14h, na Praça do Buriti.
EXPECTATIVA DE VIDA
O momento também foi aproveitado para que a segunda vice-presidente do sindicato, Marcele Alcântara, trouxesse mais informações sobre o estudo que vai traçar a expectativa de vida dos policiais. O custeio da parte que cabe ao Sipol-DF foi aprovado na assembleia da última terça, 16.
A pesquisa será realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e envolverá policiais civis do DF, policiais rodoviários federais e policiais federais de todo o Brasil. Os dados coletados vão auxiliar a atuação do Sinpol/DF nas discussões da reforma da previdência em âmbito nacional.
Os custos serão partilhados entre as entidades que criaram um consórcio para contratar a FGV. Ao Sinpol-DF, contudo, foi destinado um valor proporcional ao tamanho da base que representa: R$ 136 mil. A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) e Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), com bases maiores, contribuirão com quotas correspondentes ao efetivo de suas corporações, com valores acima de R$ 260 mil para cada entidade.
Os diretores defenderam a participação do Sindicato argumentando que o estudo deve ser encarado como um investimento. Atualmente, inexiste uma base com essas informações que serão coletadas e que possam endossar argumentos favoráveis à aposentadoria especial para os policiais.
Com a pesquisa finalizada, por meio dos dados comprovando cientificamente as questões relacionadas à saúde e à qualidade de vida do policial civil, será mais fácil conquistar posições favoráveis quando a reforma da previdência for iniciada, com vista a garantir a aposentadoria especial de hoje.
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