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Gaúcho fez um balanço da greve dos policiais civis do DF que já dura duas semanas (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) discutiu nesta segunda, 14, as estratégias e ações a serem adotadas dentro do movimento grevista iniciado há duas semanas.

O encontro reuniu diretores do Sinpol-DF, os representantes sindicais e chefes de seção das unidades da Polícia Civil do DF (PCDF). A intenção foi a de ouvir as sugestões da base para apresentar uma proposta à categoria na assembleia convocada para esta terça, 15, às 14h30, na entrada do Complexo da PCDF.

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Na abertura da reunião, o presidente do sindicato, Rodrigo Franco, o Gaúcho, fez uma breve avaliação da greve. Ele criticou a postura do Governo do Distrito Federal (GDF) em colocar a Direção da PCDF contra a categoria no episódio da entrega da notificação judicial que considera a greve ilegal.

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Representantes sindicais e chefes de seção apresentaram sugestões de ações para o movimento de greve

“Não entendemos porque não há diálogo ou o porquê de as negociações não avançarem. Algumas das nossas reivindicações não têm impacto financeiro, mas, ainda assim, o governador se recusa a nos receber”, explica Gaúcho.

Para ele, porém, aquela atitude do GDF teve efeito positivo por reforçar o principal ponto forte do movimento: a união dos policiais civis. “Nós despertamos um sentimento que há muito estava enfraquecido. Estamos coesos, unidos com o mesmo propósito. Esse é o principal ponto forte do momento que vivemos”, avalia Gaúcho.

COESÃO

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Na 8ª DP, os policiais civis em greve deram um exemplo de engajamento e mobilização (Foto: Arquivo Pessoal)

Um exemplo dessa coesão entre os colegas com as propostas do sindicato está na 8ª Delegacia de Polícia, situada no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), conforme relato do agente Saraiva.

Segundo ele, os policiais plantonistas foram acionados pelo delegado da 1ª DP, onde funciona uma Central de Flagrantes (Ceflag), para preservar o local de um crime ocorrido na madrugada do último sábado, 12, naquela região. A equipe se recusou, de pronto, por dois motivos: havia apenas três agentes e, além disso, para essa atividade é necessário, conforme prevê o regimento interno da PCDF, a presença de uma autoridade policial.

“O delegado de plantão da 1ª DP se recusou porque alegou ter muitos flagrantes para lavrar e disse para irmos sozinhos. Houve uma discussão, pois nós também dissemos que não iríamos, até que o delegado-adjunto da nossa unidade foi acionado. Ele saiu conosco para o local, onde permaneceu até às 5h da manhã de domingo”, lembra o agente Saraiva.

Na reunião, o consenso é o de que esse é um sinal do nível de conscientização da categoria em relação à precariedade do trabalho na Polícia Civil, algo que só vem se intensificando.
Por isso, é preciso que os policiais continuem alinhados às reivindicações, para demarcarem o espaço que possuem na PCDF.

ESTRATÉGIAS

As discussões referentes à greve seguiram em duas frentes: a manutenção da greve, enquanto o Sinpol-DF recorre da decisão que a considera ilegal, ou a suspensão dela e, automaticamente, dar início a uma “Operação Legalidade” – cuja proposta será construída pelos próprios policiais civis.

A decisão por uma ou ambas, contudo, será tomada pela categoria. Foi disponibilizado um e-mail para receber sugestões na elaboração do documento:revista@sinpoldf.com.br.
“Até amanhã vamos observar a conjuntura dos governos distrital e federal, que farão anúncios de cortes no orçamento, para desenhar uma posição mais enfática”, defende Gaúcho.

O presidente do Sinpol-DF lembrou, contudo, que a assembleia desta terça é, também, um ato de protesto contra a atitude equivocada da administração da PCDF e a favor da união de todos os que fazem a PCDF. “Nunca ocorreu, durante um movimento como esse, de alguém dentro da Polícia se voltar contra os colegas. Não vamos direcionar o ato a uma pessoa, mas vamos pedir união”, conclama o presidente do Sinpol-DF.

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