Desde as 8h desta quarta-feira (21), os policiais civis do Distrito Federal estão em greve. A paralisação durará 72 horas e foi decidida na terça (20), em Assembleia Geral Extraordinária convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF).
Segundo levantamento do Sinpol, a adesão da greve foi 100%. Estão paralisadas 31 delegacias circunscricionais, 20 delegacias especializadas, além das delegacias operacionais e administrativas. Até as 8h de sábado (24), só serão registrados flagrantes e ocorrências de crimes graves, como homicídio, latrocínio e estupro. Apesar do registro de crimes hediondos, nenhum desses crimes será investigado durante o período de greve.
A decisão dos policiais vem como protesto contra o governo Rollemberg pela falta de avanço nas negociações salariais. O governo se nega a apresentar proposta de recomposição das perdas que já chegam a 50% dos salários dos policiais.
“Além de um acréscimo de aproximadamente R$ 600 milhões no montante repassado pela União para a Segurança Pública do DF, por meio do Fundo Constitucional, o GDF tem ainda disponível mais de R$ 1 bilhão em recursos provenientes do Iprev”, ressalta Rodrigo Franco Gaúcho, presidente do Sinpol-DF. Para ele, o discurso do governo, na realidade, mascara a falta de vontade política em promover a valorização dos servidores da PCDF. “Não há por que se falar em recurso novo. Esse dinheiro novo já existe. O que falta é vontade política”, reforça o presidente do sindicato.
Uma nova assembleia, também com indicativo de greve, acontecerá na próxima segunda-feira (26), 14h30, na Praça do Buriti.