Enquanto em Brasília o Governo de Michel Temer e os deputados da sua base deixam clara a pressa para aprovar as reformas trabalhista (esta já aprovada parcialmente) e previdenciária, setores da sociedade civil se preparam para uma greve geral nesta sexta-feira, 28 de abril. Bancários, metroviários e motoristas de ônibus de ônibus, professores da rede pública e servidores do GDF e de várias regiões do Brasil já anunciaram sua adesão à paralisação nacional. Aeronautas decidirão sua participação na greve ainda nesta quinta – mas não devem parar totalmente.

A greve geral convocada por movimentos sindicais e sociais para esta sexta-feira (28/4) vai afetar diversos serviços na capital, entre eles os de transporte, saúde, educação e atendimento bancário. A paralisação, até o momento, contava com a adesão de 24 categorias, que protestam contra as reformas trabalhista e da Previdência.

A proposta de reforma trabalhista do governo federal foi aprovada, na noite da ultima terça-feira (25/4), pela comissão especial montada para apreciá-la na Câmara dos Deputados. Agora, a matéria será apreciada em Plenário.

Categorias como a de funcionários da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), dos Correios, da rede hoteleira, de restaurantes e bares também prometem aderir ao movimento. Em diversos prédios e postes no centro de Brasília, foram colados cartazes convocando a população para participar da greve geral.

Os protestos vão começar de manhã e devem durar o dia inteiro. Às 8h, estão previstos dois atos no Setor Comercial Sul, contra os governos local e federal, e também contra a Reforma da Previdência. No mesmo horário, os rodoviários e outras categorias prometem se reunir entre a Torre de TV e a Funarte. Às 10h, servidores do Departamento de Trânsito (Detran-DF) promovem assembleia na sede do órgão, próximo ao Palácio do Buriti.

A Polícia Militar do Distrito Federal orienta os manifestantes a não levarem hastes de bandeiras, objetos cortantes, garrafas de vidro, mochilas, madeiras, fogos de artifício e barras de ferro para as atividades. A corporação acompanhará o protesto e promete coibir excessos.

Veja alguns dos serviços  que deverão ser suspensos:

Transporte

O transporte público ficará paralisado por 24h, a partir da 0h do dia 28. A suspensão do serviço foi confirmada pelo Sindicato dos Rodoviários e Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô/DF).

Educação

Tanto o Sindicato dos Professores da Rede Pública do DF (Sinpro-DF) quanto o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinproep-DF) confirmaram adesão ao movimento. A rede pública de ensino deve aderir em massa à paralisação. Na rede particular, 20 escolas confirmaram a participação, entre elas Sigma, Marista Champagnat e Carmen Salles.

Saúde

Em nota, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF) confirmou que os profissionais da área vão participar da greve geral.

Detran

Os servidores vão suspender as atividades nos dias 27 e 28 de abril. A paralisação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Atividades de Trânsito, Policiamento e Fiscalização de Trânsito das Empresas e Autarquias (Sindetran-DF).

 Bancos

O Sindicato dos Bancários do DF confirmou em assembleia do dia 20 de abril que as atividades serão paralisadas no dia 28 a partir da 0h.

Polícia Civil

Os agentes da Polícia Civil do DF, segundo o Sinpol, aderiram ao movimento. O efetivo nas delegacias será reduzido, o que pode comprometer alguns serviços e as investigações. O sindicato informa que será mantido o registro de ocorrências.

Confira a lista das categorias confirmadas até terça-feira (25/4):

  • Rodoviários (SINTTRATER)
  • Metroviários (SINDMETRO)
  • Aeronautas (SINA)
  • Bancários (SEEBB, SINTRAF-RIDE)
  • Jornalistas (SJPDF)
  • Professores e Servidores da UnB (SINTFUB e ADUnB)
  • Radialistas (SINRAD)
  • Urbanitários e Eletricitários (STIU)
  • Vigilantes (SINDESV)
  • Servidores públicos civis da administração direta, autarquias, fundações e Tribunal de Contas do DF (SINDIRETA)
  • Servidores da administração do GDF (SINDSER)
  • Servidores da Assistência Social e Cultural do DF (SINDSASC)
  • Servidores da CAESB (SINDAGUA)
  • Servidores da Câmara Legislativa (SINDICAL)
  • Servidores do DETRAN (SINDETRAN)
  • Servidores do Judiciário e MPU (SINDJUS)
  • Servidores públicos federais (SINDSEP)
  • Servidores públicos municipais de Valparaíso, Águas Lindas, Campos Belos, Formosa, Planaltina de Goiás, São João da Aliança, Padre Bernardo
  • Trabalhadores da Educação (SINPRO, SAE, SINPRO-EP)
  • Trabalhadores da hotelaria, bares e restaurantes (SECHOSC)
  • Trabalhadores da limpeza urbana (SINDLURB)
  • Trabalhadores do serviço de informática e processamento de dados (SINDPD)
  • Trabalhadores do Transporte de Valores (SINDVALORES)
  • Trabalhadores dos Correios (SINTECT)
  • Trabalhadores em Telecomunicação (SINTTEL)
    (Fonte: metropoles.com)
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