Do Blog do Poliglota

Uma matéria publicada na Coluna CB.Poder, do Correio Braziliense e que trata do PREGÃO ELETRÔNICO Nº 50/2016 Processo: 054.001.186/2015 da Polícia Militar do Distrito Federal para a aquisição de viaturas policiais caracterizados e descaracterizados para uso no policiamento, patrulhamento e serviço velado da corporação me chamou a atenção por duas situações:

A primeira delas, a afirmativa da jornalista que assina a matéria, Ana Maria Campos, que também é titular da coluna Eixo Capital do Correio Braziliense, de que “os veículos são inapropriados para atuar no policiamento”. Interessante que, provavelmente, a jornalista esqueceu de acrescentar ao seu currículo a sua especialização em Policiamento Ostensivo e Segurança Pública.

E a segunda, pasmem, a manifestação do Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF, SINPOL-DF, Rodrigo Franco, conhecido como “Gaúcho”. Em suas colocações, o policial civil ratificou as colocações da “Ispicialista” jornalista afirmando que os carros são inadequados para o policiamento. “Além das viaturas, caras e de última linha, está bem explícito no edital que são viaturas para serviço velado, que é um grande problema da política de segurança pública. Hoje todo batalhão da Polícia Militar mantém dezenas de policiais militares trabalhando em carros descaracterizados e com policiais sem uniforme”, diz. “Isso é muito grave porque é isso que está tirando a sensação de segurança nas ruas”, palavras de Gaúcho ao CB.Poder.

Agora se a Polícia Civil não obteve êxito na tentativa de adquirir 100 viaturas do mesmo porte para a execução e seus serviços através de processo licitatório é uma pena. Talvez a labuta destrambelhada que o Sindicato o qual Gaúcho representa vem travando ao longo do ano, sem êxito, com o governo do Distrito Federal possa ter contribuído para tal, ou até mesmo a falta de uma melhor dedicação dos licitantes ao projeto o qual estavam trabalhando.

No entanto, querer justificar sua decepção criticando a competência da Polícia Militar e sua equipe de projetistas no sucesso do Pregão é muita falta de senso e ética profissional. Pior ainda é querer culpar o serviço velado da PMDF, que existe a mais de dois séculos, e antes mesmo da criação da Polícia Civil, de que a “sensação de insegurança nas ruas é por conta do serviço velado que a PM executa” é de tamanha ignorância institucional que não merece sequer ser comentado.

Um conselho à jornalista e também aqueles que se aventurarem a falar de segurança pública, principalmente a ostensiva que é executada pela Polícia Militar, que antes de dar essas “barrigadas” (como chamamos na linguagem jornalística) que procurem se informar com quem entende. Aliás, tive o cuidado de observar os editoriais das colunas Eixo Capital e CB.Poder e com tantas coisas da Polícia Militar a serem divulgadas, raríssimas foram as matérias vinculadas à instituição. Enquanto isso, as voltadas para assuntos direta ou indiretamente ligados à Polícia Civil e Sindicatos.

A Polícia Militar, através de sua Assessoria de Comunicação e com a peculiar educação que lhe é contumaz, limitou-se a informar que seguiu o que prevê a legislação, especificamente a Lei de Licitações nº 8.666.

Agora só nos falta o SINPOL indicar o comando da corporação, executar o Plano Operacional para 2017, o Plano Anual de Ensino e quem sabe ser o protagonistas das próximas promoções para o ano vindouro.

Acho que esses novos “Ispicialistas” perderam uma grande oportunidade de ficarem calados! Como dizem os velhos ditados: “cada macaco no seu galho” e “cada um no seu quadrado”!

Da redação,
Por Poliglota…

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