Aposentado há dez anos, o agente de polícia Gilberto Rodrigues (ou “Agente Rodrigues”, como é conhecido no meio policial) aproveitou a quarentena imposta pela pandemia da Covid-19 para tirar do papel um projeto que ele vinha idealizando desde o início do ano e promete reinventar o Ping-Pong – ou Tênis de Mesa, como é conhecido o esporte criado no século 19: trata-se da “Hole Table” (em português, seria algo como “Mesa Furada”).
A proposta de Rodrigues é, nas palavras dele, “proporcionar aos amantes do esporte um novo conceito do jogo, tanto visualmente quanto em usabilidade”.
Assim, ao invés do nylon a mesa conta com um buraco circular ao centro. E esse passa a ser o principal obstáculo dos jogadores. Assim, se durante a partida a bola cair no orifício, seria o mesmo que ela atingir a rede na modalidade tradicional do esporte.
Mas não é só isso: Gilberto eliminou as quinas da mesa, deixando-a com a forma oblonga. Isso tende a resolver, segundo ele, pequenos inconvenientes como as lesões físicas que a mesa padrão de Ping-Pong costuma ocasionar.
O aposentado explica que a ideia do projeto surgiu porque nem sempre ele dispunha da rede de nylon em mãos quando surgia a vontade de jogar uma partida de Ping-Pong com os filhos. “Eu pensei em uma forma de recriar o jogo para deixá-lo mais funcional”, acrescenta.
CONVÍVIO FAMILIAR
A idealização do projeto começou em janeiro deste ano; em março, durante a pandemia, ele conseguiu tirar a ideia do papel uma vez que ficou ainda mais latente a necessidade de um atrativo para que a família aproveitasse os momentos em que estavam juntos.
“Podemos observar que as pessoas, de modo geral, estão muito envolvidas no universo digital; a mesa veio, justamente, com o objetivo de fazer com que os pais possam aproveitar mais os momentos offline junto com os filhos, ou que os amigos se curtam mais”, acrescenta.
A “Hole Table” não fica restrita ao Ping-Pong: ao fim da partida, o buraco pode ser vedado deixando-a totalmente plana, servindo, portanto, ao uso doméstico.
“Em uma casa, a mesa é o símbolo da união; é onde as pessoas se reúnem e compartilham os mais variados momentos. Por isso eu considero que a minha ideia vai muito além de apenas criar um móvel: ela resgata o convívio familiar, trazendo momentos de descontração de maneira segura em torno de uma mesma prática esportiva”, afirma Rodrigues.
MESA COMUNITÁRIA
A fim de popularizar o uso da sua ideia e estabelecer um cunho social para ela, o policial civil aposentado criou um projeto-piloto para a implantação de oficinas de produção do equipamento inventado por ele, chamado “Mesa de Concreto Hole Table Comunitária”.
O objetivo é que esses espaços sejam implantados por prefeituras municipais, administrações regionais do DF, universidades públicas, colégios de ensino especial e casas de acolhimento a menores infratores e idosos.
Gilberto disponibiliza o manual de produção das mesas e uma tabela de gastos aproximados para a aquisição do material de produção sem cobrar royalties.
“Acredito que, com isso, as prefeituras e as administrações, com um baixo investimento em material, conseguirão construir, considerando a padronização oficial da “Hole Table”, muitas mesas por este país afora”, frisa o aposentado.
As mesas produzidas pelo policial civil podem ser adquiridas por encomenda, diretamente com ele (por telefone (61) 99627-5126 ou e-mail projescsolution@gmail.com). Em breve, elas estarão disponíveis para venda pela internet.
Essa é a segunda invenção do Gilberto. Em janeiro deste ano, o Sinpol-DF também divulgou as pulseiras de silicone que ajudam pessoas com baixa visão a identificar de maneira mais clara os frascos de Shampoo e Condicionador.