(Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)
Gldino diz que paternidade foi um marco na vida dele (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

Proteger os cidadãos é o objetivo central do trabalho desenvolvido pelos policiais civis – verdadeiros exemplos de dedicação e abnegação. Dentro de seus núcleos familiares não poderia ser diferente e, quando se trata da criação de seus filhos, eles também enxergam essas características como imprescindíveis.

Iedo Sá Filho - Paulo Cabral (77)
Iedo diz que por ser policial, a preocupação com as filhas é ainda maior

É o que conta Fabrício Gildino, policial civil há 14 anos e pai da Heloisa e do Gabriel. O Agente Policial de Custódia define paternidade como um marco na sua vida: “Ser pai é entrar em outro mundo, em outra realidade”, revela.

Gildino, entretanto, diz acreditar que as vidas profissional e pessoal interferem uma na outra e divide as consequências disso entre positivas e negativas.

“O que eu vejo de aspecto positivo é que, como policial, nós temos uma preocupação com relação aos limites, ao respeito ao próximo ao cumprimento de regras. O que vejo como ponto negativo é a superproteção, o medo exagerado”, explica.

Dia dos pais - Ronie - Paulo Cabral (31)
Ronie teve influência do pai para escolher a carreira; a filha demonstra curiosidade com a profissão do pai

A preocupação exacerbada com os filhos também faz parte da rotina de Iedo Sá Filho. O Agente de Polícia tem duas filhas: Natalia e Lívia, e apesar de não acreditar que esse atributo seja exclusividade de policiais civis, ele explica que com a atividade isso é mais comum.

“Não que um pai que não seja policial não se preocupe, mas a gente é mais ligado nisso. Quando saem, nós sempre queremos saber aonde vão e, principalmente, com quem”, ressalta Iedo.

Ele define ser pai como “o amor incondicional” e conta que é uma atividade constante. “Eu aprendo muito mais com elas do que elas comigo, elas que não sabem ainda”, diz bem-humorado.

Aluisio Trindade Filho e Helena Carvalho Trindade - Paulo Cabral (3)
Aluísio diz que a paternidade lhe dá motivos para ser feliz “todo dia e toda hora”

Por outro lado, os pais policiais concordam ainda que é preciso liberdade para que, no futuro, seus filhos possam encarar o mundo com autonomia. É assim que pensa Ronie Ruas, Perito em Papiloscopia.

“Eu sou mais protetor, mas também não posso ser demais para que ela fique preparada para viver no mundo”, comenta sobre sua conduta para criar Isabelle, a única filha.

Ronie conta, ainda, que seu pai era Delegado de Polícia e serviu de influência para que ele seguisse a carreira; a filha já demonstra curiosidade quanto à atividade profissional, mas ele esclarece que a escolha é dela. “Ela acha interessante, pergunta sobre o que eu faço, sobre as impressões digitais”, brinca. “Se ela quiser ser policial civil eu darei todo o apoio”, adianta.

Dia dos Pais - Luiz Carlos e filhos - Paulo Cabral (7)
Luis Carlos destaca a importância da presença na vida dos filhos

Para Ronie, ser pai é “se transformar para viver com uma extensão sua”. Ele explica que é preciso aprender a se dedicar a alguém além de você, mas que a paternidade é, antes de tudo, um estímulo. “Eu penso que tenho que trabalhar todos os dias porque tenho uma filha da qual preciso cuidar”, diz.

Aluisio Trindade Filho, Perito Médico Legista, também acredita em algo parecido para seus filhos. Ele tem dois, mas apenas Helena, a mais nova, mora no Brasil. Ela é arquiteta e diz admirar a atividade do pai apesar de nunca ter pensando em optar pela profissão.

“Não pensei em seguir a carreira. Não tenho nenhum ponto contra, acho interessantíssimo, é apenas que eu sempre fui mais voltada para a estética”, conta a filha do policial civil.

Aluisio explica que essa foi a forma que procurou criar seus filhos. “Eu acho que a função dos pais é orientar, porém respeitando a individualidade deles. Nunca me pareceu que fosse correto eu dizer o que deveriam fazer, porque dessa forma corre-se o risco de encaminhar o filho para fazer o que você quer, e não o que ele quer”.

O médico legista define a paternidade como “ter motivos para ser feliz todo dia e toda hora”.

E, mesmo quando algumas dificuldades em conciliar a criação dos filhos e a atividade profissional surgem, esses policiais conseguem desempenhar um bom trabalho no serviço e em seu núcleo familiar.

É o caso de Luís Carlos Teixeira, Escrivão de Polícia, e pai de dois meninos: Pedro e João Carlos. Ele teve seu filho mais velho, Pedro, em um momento difícil da carreira: “Eu trabalhei cerca de dez anos no plantão de 24h em Santa Maria, e o Pedro nasceu em um período muito difícil, pois o ritmo de trabalho era muito forte”, conta.

Apesar disso, ele se diz grato pela oportunidade de acompanhar o crescimento dos dois. “Pedro está inclinado a estudar direito e gosta muito da área de perícia criminal. Eu ficaria muito feliz se ele decidisse seguir a carreira. Já o João é mais artístico, tem uma forma mais lúdica de encarar a vida”, comenta sobre o interesse dos filhos em seu trabalho.

Para Teixeira ser pai é “em algum momento, se anular e até se imaginar dando a vida por um filho. É estar presente no dia a dia e os ver crescerem”, conclui.

Ao expor a alegria e o amor de característicos da paternidade de cada um desses colegas, o Sinpol-DF deseja a todos os policiais civis do Distrito Federal um feliz Dia dos Pais.

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