Diretoria recebe propostas e avalia movimento com representantes sindicais

Da Comunicação Sinpol-DF

A diretoria do Sinpol-DF voltou a se reunir nesta terça, 23, com os representantes sindicais para discutir pautas e planos para a próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocada para quinta, 25.

Assim como os demais, o encontro, realizado na sede do Sindicato na Asa Norte, teve o objetivo de alinhar as ações a serem tomadas com as expectativas da base.

Os participantes avaliaram as diversas movimentações feitas pela categoria até o momento e, sobretudo, o andamento da operação “PCDF Legal” – deflagrada para garantir que os policiais civis executem somente suas atribuições legais. O resultado é o engessamento da instituição, onde a sobrecarga de trabalho e desvio de função eram práticas comuns.

Há cerca de dois meses, os policiais civis do DF têm promovido diversos atos de mobilização em resposta à recusa do Governo do Distrito Federal (GDF) em conceder a recomposição salarial para a categoria, que acumula quase 50% de perdas inflacionárias.

“Nesse primeiro momento, nós optamos por trabalhar exclusivamente dentro da legalidade e isso pressupõe um sacrifício maior de todos. Mas, apesar das dificuldades, fazemos uma avaliação positiva do movimento”, avaliou o diretor adjunto de Políticas Sindicais do Sinpol-DF, Fernando Ferreira.

Os representantes, por sua vez, levaram questões das suas unidades e apresentaram uma série de propostas para incrementar o movimento. As principais sugestões se referem à inclusão de novas atividades no âmbito da PCDF Legal e outras estratégias para pressionar o governo a enviar a mensagem garantindo a isonomia salarial entre a Polícia Civil do DF (PCDF) e a Polícia Federal (PF).

Além de deliberaram sobre quais pontos serão colocados para votação na AGE de quinta, também decidiram sobre o local de realização: será no Complexo da PCDF, às 14h. Na pauta estão as negociações salariais, mobilizações conjuntas entre as entidades e assuntos gerais.

DEBATE

No encontro, o grupo também aproveitou para esclarecer dúvidas quanto às deliberações ocorridas em outras assembleias e, especialmente, quanto aos itens já inseridos na cartilha da operação PCDF Legal, a exemplo do recolhimento de corpos por morte natural.

O diretor de políticas sindicais esclareceu a existência de um decreto de 2011 que regulamenta a questão. “Mesmo que a Polícia Civil seja chamada, quando constatado que não existe nenhum tipo de violência, que foi uma morte aparentemente natural, o recolhimento deixa de ser sua responsabilidade. É atribuição da Secretaria da Saúde, regulamentada desde 2011”, explicou Fernando.

Alguns integrantes da diretoria do Sindicato, entre eles o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, estiveram presentes apenas no início da reunião, devido ao choque de agenda, pois havia outra reunião no mesmo horário, desta vez com o Diretor Geral da PCDF, Eric Seba. Entre as pautas dessa outra reunião estava o andamento do processo de publicação das exonerações dos cargos de chefia – entregues na semana passada, 16, em ato histórico no Complexo da PCDF.

“Nós entendemos que é extremamente importante que a entrega de chefias seja efetivada por meio da publicação no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), pois dessa forma a Polícia Civil fica efetivamente sem investigação, que é nossa função precípua”, explicou Fernando sobre o impacto das exonerações nas atividades diárias da instituição. “Vamos continuar intensificando o movimento até termos nossos pleitos respeitados”, concluiu.

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