Trabalhadores do setor privado, servidores públicos e partidos políticos marcaram para o próximo dia 30 de junho mais uma greve geral, em Brasilia, contra as reformas do governo de Michel Temer, em tramitação no Congresso. A ideia é que esta paralisação seja ainda maior que a última, realizada em 28 de abril. O PSOL-DF, junto com as centrais sindicais e outras legendas, está à frente da mobilização. “Tem uma unidade muito grande desses setores”, explica o presidente do partido, Antonio Carlos de Andrade, o Toninho do PSOL.

Revolta

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que inocentou Dilma Rousseff e Michel Temer enseja uma mobilização muito maior, lembra Toninho. “São várias categorias que já aprovaram a paralisação. A receptividade nas ruas tem sido muito boa. Há uma revolta muito forte da população, principalmente diante do resultado da votação”, aposta Toninho, ao lembrar que toda a mobilização para o grande dia tem tido grande participação popular.

Contra as reformas

Os pleitos do grande ato do dia 30 são ainda o combate às reformas tributária e trabalhista, principais bandeiras da gestão de Temer. “Alguns outros movimentos têm bandeiras diferentes, mas as reformas são o eixo da mobilização”, explica o presidente do PSOL-DF.

À revelia

A violência e depredação de prédios públicos da mobilização de dois meses atrás, diz Toninho, não desmotiva o movimento marcado para o fim deste mês. “Temos de estar atentos a um fator: até hoje, a policia não prendeu ninguém que fez aqueles atos. Então, nós temos uma desconfiança forte de que houve infiltração de ‘profissionais da confusão’ no meio dos manifestantes”, explica, ao reiterar que não há – nem haverá – qualquer orientação que estimule a depredação.

De propósito

O Sindicato dos Policiais Civis do DF diz que há suspeitas de que o Governo do DF, de forma proposital, deixou de convocar um efetivo maior de policiais militares no dia das últimas manifestações contra o governo Temer.

Bolsa para catadores

Depois de fechar o Lixão da Estrutural, o governador Rodrigo Rollemberg sanciona, amanhã, lei que beneficiará catadores de lixo com uma bolsa de compensação financeira. Conforme o texto aprovado no mês passado pela Câmara Legislativa, os inscritos que comprovarem a atividade como principal fonte de renda receberão R$ 360,75 cada um.

Aumento salarial

Pastor evangélico que representava os interesses do deputado Julio Cesar Ribeiro (PRB) na Mesa Diretora, na época em que estourou a Operação Drácon, o servidor Rusembergue Barbosa de Almeida ganhou aumento salarial. Nomeado com salário de R$ 11,1 mil no gabinete do distrital, ele passa, agora, a receber R$ 12,3 mil, sem contar os benefícios. A mudança de cargo foi publicada no Diário Oficial da Câmara de quarta-feira passada.

Todos do mesmo lado

O Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) do Distrito Federal cedeu dois prédios à Secretaria de Saúde – um em São Sebastião e outro na Estrutural. As áreas, conforme o governo, são as de maior vulnerabilidade da rede. Nos imóveis, onde funcionavam postos eleitorais, abrigarão unidades básicas de saúde. A ideia, diz a pasta, é aumentar o quadro de locais de atendimento disponibilizados à população. Na cerimônia de entrega dos imóveis, o presidente do TRE-DF, desembargador Romeu Gonzaga Neiva, disse que o Tribunal está à disposição da secretaria. “Estamos todos do mesmo lado, do lado da população”, discursou.

Descentralização

Já o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, disse que a cessão vai ajudar no atendimento à população do DF. “Nosso interesse é descentralizar a saúde no DF, fazer com que ela fique cada vez mais próxima das pessoas que necessitam de atendimento. Garanto que faremos excelente uso dos prédios cedidos”, prometeu.

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