Da Diretoria Sinpol-DF
Nos últimos dois dias, três casos emblemáticos, resolvidos pela Polícia Civil do Distrito Federal, pautaram positivamente a opinião pública. Nessa onda de criminalidade, o esforço dos policiais civis em atender às demandas da população se sobressai diante da total falta de atenção e da redução dos investimentos do próprio governo distrital na Segurança Pública.
Uma das demonstrações da competência e da dedicação dos policiais civis ocorreu nesta terça, 6, quando os investigadores da 1ª Delegacia de Polícia (DP) prenderam um dos maiores traficantes da Asa Sul, procurado há alguns meses. O suspeito também praticava roubos a pedestres, um dos crimes de maior incidência no Plano Piloto.
Já em Planaltina, outro resultado do trabalho da categoria mereceu destaque: agentes da 31ª DP realizaram duas importantes investigações nos últimos dias. Após ser falsamente acusado de estupro, um homem foi preso. Policiais civis daquela unidade iniciaram, então, uma análise investigativa de todas as circunstâncias e chegaram à conclusão que ele era inocente. A própria unidade comunicou o fato ao poder judiciário, que, por sua vez, determinou a soltura do acusado.
Ainda em Planaltina, após três homicídios e quatro tentativas deste mesmo crime – decorrentes da guerra de gangues –, agentes da 31ª DP efetuaram ao menos quatro prisões de suspeitos, pertencentes a quadrilhas da cidade.
Por fim, nesta quarta, 7, em mais uma prova do quanto é essencial a atuação dos policiais civis, agentes da Divisão de Repressão ao Sequestro (DRS) elucidaram o sequestro de um recém-nascido no HRAN. O crime ganhou repercussão nacional, em decorrência da semelhança com o conhecido “caso Pedrinho”, também elucidado pela PCDF há mais de uma década. A diferença é que o caso Pedrinho foi resolvido depois de 16 anos. Já o caso do bebê do HRAN foi concluído em menos de 48 horas.
Tudo isso mostra que, apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelos policiais civis, ainda temos conseguido dar uma resposta à sociedade. Criminosos são retirados das ruas, quadrilhas são desbaratadas, traficantes vão para a Papuda e crimes graves são elucidados. Isso tudo diante de uma população que praticamente dobrou em 16 anos, enquanto o efetivo diminuiu.
Está claro, portanto, que uma das causas do aumento da violência e da impunidade é a falta de investimentos na Segurança Pública. Dados divulgados esta semana apontam que, dos R$ 252 milhões previstos para o segmento em 2017, apenas R$ 4 milhões foram executados, ou seja, menos de 4%.
A desmotivação e a indignação dos policiais civis com a falta de prioridade na Segurança Pública por parte do Governo do Distrito Federal (GDF) são enormes. E nem a pressa do governador em gravar um vídeo parabenizando os policiais civis pelo resgate do bebê fez com que os bravos heróis se esquecessem do compromisso firmado com a categoria. Nós cumprimos nossa promessa de defender a sociedade. E o governador? Cumpre a sua palavra?
Meus queridos amigos e amigas do Sinpol, a aproximadamente um ano estamos vendo e participando de reuniões na CLDF, em Assembleias e sempre acreditando em promessas, quando vamos realmente mostrar o valor e a coragem dessa categoria para esse Governo? Ninguém acredita mais em promessas e em breve não participarão mais de debates, sei o quanto os Diretores tem se esforçado, deixando seus familiares acreditando em receber e divulgar boas noticias para categoria, nós cansamos e acredito que os senhores também! Chega de esperar e respeitar por quem não respeita homens e mulheres que compõem a família PCDF.