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Mais de 2.500 policiais participaram da assembleia, em frente ao Palácio do Buriti (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Os policiais civis do Distrito Federal decidiram continuar, por tempo indeterminado, a greve deflagrada na manhã desta terça, 1º de setembro. A categoria se reuniu nesta tarde em assembleia convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF).

Mais de 2.500 filiados – tanto ativos, quanto aposentados – participaram do ato.

A decisão é uma resposta da categoria à ausência de um posicionamento do governo quanto às reivindicações. “Não estão respeitando, ouvindo os policiais. Estão nos testando para saber até aonde a gente vai. A luta está começando”, exclama o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, o Gaúcho.

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“A luta está só começando”, exclama Gaúcho, presidente do Sinpol-DF

A principal reivindicação é a garantia da manutenção da isonomia entre a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Polícia Federal (PF). Os policiais exigem, ainda, a nomeação dos 427 aprovados no último concurso e que ainda não foram convocados, além da normatização das remoções dentro da PCDF, com o estabelecimento de critérios objetivos.

 

Confira o vídeo da TV Sinpol-DF:

MOVIMENTO

A greve continua, portanto, seguindo os mesmos moldes já definidos anteriormente: só serão registradas ocorrências de crimes graves, como latrocínio, homicídio, estupro e roubo com restriçã de liberdade (sequestro relâmpago).

Leia mais: Dois mil policiais atendem ao chamado do Sinpol-DF e decidem entrar em greve

Todas as atividades de perícias que não estejam incluídas dentro da cartilha, deverão ser paralisadas, inclusive aquelas que estavam pendentes até o início da greve nesta manhã, conforme deliberação da categoria na assembleia.

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Rincon cobrou posicionamento do diretor da PCDF sobre as remoções

O Sindicato continua em estado de assembleia permanente, ou seja: os policiais podem ser convocados a qualquer momento, caso haja algum avanço no atendimento às reivindicações.

Nesta quinta, 3 de setembro, haverá uma reunião com os representantes sindicais onde serão discutidos os próximos passos do movimento grevista, além da apresentação de um balanço parcial.

“Essa guerra é demorada, mas é de todos. Não são 10, 12, 20 diretores que vão resolver o problema; somos todos nós. Ninguém sabe do futuro, mas ele pode ser alterado por nós. É isso o que cada um de vocês deve considerar. Essa é a hora de irmos à luta”, acrescenta Gaúcho.

REUNIÃO NO GDF

Ainda na manhã desta terça, a diretoria do Sinpol-DF se reuniu com o vice-governador, Renato Santana, e com o diretor da Polícia Civil, Eric Seba, para exigir que o governador Rodrigo Rollemberg enviasse aos policiais uma mensagem, por escrito, reconhecendo e garantindo que o tratamento dado pelo governo federal à PF seria estendido aos policiais civis do DF.

Momentos antes do início da assembleia, contudo, o Sindicato foi informado que Rollemberg manifestou posicionamento contrário à reivindicação. O governador alega que poderia ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Exigimos esse compromisso por escrito, mas ele não aceitou. A garantia da isonomia não tem impacto sobre o governo por causa do Fundo Constitucional. Diante dessa atitude do governador, nós só temos uma saída: radicalizar o movimento”, explica Gaúcho.

O presidente do Sinpol-DF reiterou a necessidade da chancela, por Rodrigo Rollemberg, dos acordos e negociações que vêm sendo realizados no âmbito federal, a fim de garantir que os policiais civis do DF sejam incluídos.

“Se sair um aumento para a Polícia Federal, que saia um nos mesmos moldes para os policiais civis do DF, pois somos organizados e mantidos pela União”, acrescenta Gaúcho.

RESPEITO AOS POLICIAIS

O primeiro vice-presidente do sindicato, Renato Rincon, disse que a categoria precisa se manter mobilizada para, assim, cobrar respeito dos governos distrital e federal. Ele lembrou que o GDF reestruturou 32 carreiras nos últimos anos; no governo federal, também houve uma grande reestruturação. Em ambos, os policiais civis foram esquecidos.

“Nós somos a melhor polícia do Brasil, isso é inquestionável. Não é apenas com policiamento ostensivo que se faz Segurança Pública. Nós estamos exigindo a reestruturação porque merecemos”, defende.

Rincon também voltou a cobrar do diretor-geral da PCDF, Eric Seba, a normatização das remoções. “Nós exigimos um posicionamento dele. É a ele que compete, exclusivamente, estabelecer o concurso de remoção”, afirma.

O deputado federal Laerte Bessa discursou em apoio às reivindicações dos policiais civis. Ele afirmou que em todas as reuniões que teve com o governador, ele foi “evasivo” ao tratar da Segurança Pública.

“O Fundo Constitucional é da Segurança Pública. Hoje, porém, grande parte dos recursos está sendo usada indevidamente. Nós já sabemos que os policiais não oneram o GDF; não há justificativa para o governador não enviar essa mensagem”, assegura o deputado.

ENGAJAMENTO

Os policiais que fizeram o uso da palavra adotaram o mesmo discurso pela manutenção da greve, até que as reivindicações sejam atendidas. Eles também lembraram do quão fundamental é, para o sucesso do movimento grevista, o engajamento da categoria em todas as unidades.

O Secretário Geral do Sinpol-DF, Paulo Sousa, fez coro à mensagem: “Não vamos baixar a cabeça. Enquanto o governador não se manifestar, nós vamos ter que continuar mobilizados e lutando”, afirma.

Discurso semelhante foi adotado pelo diretor de Administração e Planejamento do sindicato, Marcos Campos. Ele direcionou o chamando aos policiais que trabalham na escala do expediente a apoiarem os que trabalham no plantão. “O apoio entre vocês é fundamental. Não é o momento de darmos um passo para trás. Se pedirem nome ou matrícula, juntem-se e deem os de todos vocês”, aconselha.

O Sinpol-DF já disponibilizou a Cartilha de Greve. Consulte aqui.

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JUNTOS SOMOS FORTES!

Filiação

1 COMENTÁRIO

  1. Conforme foi sugerido na reunião com os chefes e representantes sindicais, diante a negativa do governador deveremos vincular na mídia o vídeo que foi registrado na SABATINA do SINPOL, à época, com os candidatos ao GDF, onde o então candidato Rolemberg afirmou que manteria a ISONOMIA da PCDF com a PF. No final com o seguinte bordão: “o combinado não sai caro, governador tem que ter palavra”.