Diretoria do Sinpol-DF cobrou o início imediato das atividades do GT (Fotos: Otto Peyerl/Sinpol-DF)
Diretoria do Sinpol-DF cobrou o início imediato das atividades do GT (Fotos: Otto Peyerl/Sinpol-DF)

A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) voltou a se reunir com a Direção Geral da Polícia Civil e a Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Distrito Federal (GDF) no Palácio do Buriti.

O encontro ocorreu na última quarta, 22, com o intuito de discutir as demandas mais urgentes para a categoria e cobrar os encaminhamentos do governo que deveriam ter sido feitos de acordo com o combinado em encontros anteriores.

Durante a reunião, muito discutiu-se sobre a reestruturação das carreiras da Polícia Civil. Para o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, o Gaúcho, as atribuições dos cargos devem ser redefinidas em um Grupo de Trabalho (GT) formado especificamente para isso. Para ele, o GT deve começar a funcionar imediatamente. “Nós não temos mais tempo. Isso já está se arrastando nesse governo, e precisamos avançar nessa questão”, afirma.

Gaúcho, presidente do Sinpol-DF, cobrou agilidade do GDF
Gaúcho, presidente do Sinpol-DF, cobrou agilidade do GDF

Antes do GT, e para captar a percepção dos próprios policiais em relação as suas atribuições, o Sinpol promoveu diversas plenárias com a participação de cada cargo. Além disso, há um mapeamento de competências sendo realizado pela Direção Geral da PCDF, a partir do qual as competências dos agentes de polícia e dos escrivães também seriam delineadas.

A intenção da diretoria do Sinpol é que essas informações sejam usadas para a construção de um documento único que atenda plenamente às necessidades dos policiais.

Eric Sebba, diretor da PCDF, apoia a criação imediata do GT e vê a reestruturação das carreiras como essencial para a Polícia, na medida em que pretende atualizar o rol de competências dos policiais, que ao longo tempo foi se modificando em adaptação aos novos processos de trabalho, ferramentas e técnicas que emergiram com o desenvolvimento da tecnologia e dos padrões de trabalho da corporação.

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Eric Sebba, diretor da PCDF, disse que a reestruturação é essencial, pois o trabalho evoluiu e precisa ser atualizado

“Quando as nossas atribuições foram pensadas, não tínhamos intercepção telefônica da forma como ela é feita hoje, por exemplo. O trabalho evoluiu e precisa ser atualizado também na forma da lei”, explica Sebba.

DUAS FASES

Para a efetiva transformação da reestruturação em lei, Sebba defendeu que o trabalho fosse feito em duas etapas. “Minha proposta é que discutamos isso [as atribuições] em nível de instituição, aproveitando as informações que o Sinpol tem e que foram colhidas nas plenárias e os mapas que estão para ser entregues pela DGP, para depois apresentarmos um documento para o governo”, disse.

A segunda fase, de articulação política, incluiria a definição de como e através de quais instrumentos jurídicos e administrativos a reestruturação deveria passar para ser concretizada. “Pode ser, por exemplo, que o melhor caminho seja a criação de uma lei federal que contenha as regras e outras normas que delimitem regras específicas a nível de governo”, acrescentou o diretor da PCDF.

DÉFICIT E NOMEAÇÃO

Reunião Buriti 22.04.15 - Otto Peyerl -23
Marcos Dantas, secretário de relações institucionais do GDF, ressaltou a importância da nomeação dos aprovados, mas disse que a situação é difícil

Sobre a falta de efetivo, a preocupação e desejo de todos apontou para a necessidade de que os policiais aprovados na Academia comecem a trabalhar imediatamente. Quando cobrado pelo Sinpol, o secretário de relações institucionais e sociais do GDF, Marcos Dantas disse reconhecer a importância da nomeação, mas enfatizou a dificuldade financeira enfrentada pela administração.

“A nomeação é fundamental para a polícia e, consequentemente, para a cidadania, para a cidade e para o governo. O governador está sensível, apesar da nossa difícil situação financeira que todos conhecem”, disse o secretário.

Além da nomeação dos aprovados, o diretor da PCDF destacou a necessidade se fazer um trabalho de remanejamento de pessoal, ação que também contribuiria para atenuar o problema da falta de efetivo. “O governador já sinalizou a volta de 200 servidores cedidos que estão fora da Polícia. Temos que conscientizar nossos servidores que eles fizeram concurso para policiais civis e é nessa função que têm que trabalhar”, resumiu Sebba.

PRÓXIMA REUNIÃO

Uma nova reunião entre diretoria do Sinpol e representantes sindicais deve acontecer na próxima semana. O objetivo da reunião é definir um calendário de ações e dar início aos trabalhos do GT responsável pela reestruturação dos cargos.

Além do presidente do Sinpol, Rodrigo Franco, Gaúcho, estiveram presentes, na reunião da última quarta, Renato Rincon, 1º vice-presidente; Marcele Alcântara, 2ª vice-presidente do sindicato; Paulo Roberto, secretário-geral; Marcos Dantas, secretário de relações institucionais e sociais do GDF (SRI), a subsecretária da pasta, Mari Trindade, e o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Sebba e Anderson Espíndola, diretor-adjunto da Polícia.

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