O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), junto a outras entidades representativas de policiais civis, federais e rodoviários federais, participa na próxima quarta, 18, do Alerta Nº 2 da Segurança Pública. Por meio dele, policiais de todo o país vão cobrar, mais uma vez, do Governo Federal, uma política nacional de segurança pública voltada para defender os cidadãos e também melhorar as condições de trabalho das forças policiais.
O movimento vai deflagrar paralisações em todos os estados brasileiros. No Distrito Federal, as entidades que organizam o Alerta Nº 2 vão participar da sessão especial promovida pela Frente Parlamentar da Segurança Pública, também no dia 18, das 10h às 14h, no Plenário Ulysses Guimarães para debater os problemas da área na Câmara Federal.
Organizado nacionalmente em uma parceria da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), com o Sinpol-DF, com a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), com a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FENAPRF) e com o Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol-DF), o Alerta Nº 2 ocorrerá por causa da ausência de resposta desde a realização do Alerta Nº 1, em maio de 2014, quando foi deflagrada uma paralisação nacional.
Naquela ocasião, as entidades pressionaram o governo a criar uma política de segurança pública que se preocupe também em melhorar as condições de trabalho da força policial. Em 2010, o governo do Partido dos Trabalhadores, emitiu a Portaria Interministerial nº 02, estabelecendo diretrizes nacionais para a promoção e defesa dos Direitos Humanos dos profissionais da Segurança Pública, porém, não houve progressos significativos nessa questão. “O governo brasileiro ainda não enfrentou o problema da segurança pública e continua inerte à situação. Chegou o momento de mostrarmos à sociedade que nada mudou”, afirma o presidente da Cobrapol, Jânio Granda.
A mobilização foi delineada em reunião realizada na última quarta, 11, na sede da FENAPRF, em Brasília. O consenso entre os líderes das entidades é de que não existe uma gestão nacional nem investimento adequado na área. As consequências atingem não só os profissionais, mas a toda a população, já que persiste uma forte sensação de insegurança e impunidade.
As entidades vão construir uma pauta conjunta para defendê-la no Plenário e encaminhar essas reivindicações aos deputados da Frente Parlamentar. Entre elas, estão a aprovação da PEC 339/09, que instituí o pagamento de adicional noturno aos agentes de segurança pública; a implantação de um novo modelo de segurança pública; o endurecimento da pena dos crimes cometidos contra os agentes da segurança pública; aprovação da aposentadoria especial e a aprovação da lei que reconhece o nível superior aos Policiais Civis do DF.
Líderes sindicais de todo o país e policiais que trabalham no Distrito Federal serão convocados a participar da sessão. “Precisamos resgatar a autoestima dos policiais e a confiança da sociedade nos órgãos de segurança pública. E isso é de interesse de todos”, ressalta o presidente do Sinpol-DF Rodrigo Franco, o Gaúcho.