Em reunião na DG da PCDF, Sindicato faz reivindicações em prol da categoria

A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) voltou a se reunir com o diretor-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), Eric Seba, para discutir as principais reivindicações em prol da categoria.

O encontro ocorreu no Complexo da PCDF na última quarta, 4 de março e reuniu, além de Eric e de Anderson Espíndola, diretor-adjunto da PCDF, o presidente do Sinpol, Rodrigo Franco, o “Gaúcho”, Renato Rincon, primeiro vice-presidente, Marcele Alcântara, segunda vice-presidente do sindicato, além de Celma Lima, primeira secretária, Paulo Roberto, secretário-geral do Sinpol, Carlos Eduardo Costa, diretor de relações sindicais e Targine Resende, diretor jurídico.

O Sinpol entregou ao diretor da PCDF um documento com 24 itens, embora cinco deles, considerados mais urgentes para os policiais civis, estiveram no centro das discussões: o reconhecimento de nível superior; a criação de um grupo de trabalho, no qual seriam redefinidas as atribuições dos cargos da Polícia Civil e elaborada de uma proposta de realinhamento salarial da categoria para 2016; a imediata nomeação dos 500 aprovados já formados pela Academia de Polícia Civil (APC) e a majoração dos auxílios saúde e alimentação, que há muito estão defasados.

Essas mesmas reivindicações já haviam sido discutidas com a Secretaria de Relações Institucionais do Governo do DF (GDF), em outra reunião ocorrida no começo do mês passado.

Gaúcho explicou que prioridades como a redefinição das atribuições e o reconhecimento de nível superior não comprometem o orçamento da Administração. “Não há impacto financeiro para o Governo, mas são mudanças que representam muito para a categoria”, disse.

Além disso, segundo o presidente do Sinpol, é importante esclarecer que a reestruturação das carreiras, que já tem acontecido em outras categorias da Segurança Pública, não significa a criação de novos cargos na estrutura da Polícia, mas a atualização das atribuições dos policiais em atividade.

OUTROS ASSUNTOS

Não houve consenso, entretanto, em relação à carga horária imposta aos policiais que participam do Curso de Progressão na Academia da Polícia Civil. Eric Seba não acatou integralmente a proposta do Sinpol de desconto das horas de curso de progressão da carga de horário semanal. Ainda assim, segundo o diretor-geral da PCDF, houve uma conversa com os diretores de departamentos para que usem o bom senso e sejam mais tolerantes com o horário daqueles policiais que participam do curso. A questão está sob análise do jurídico do sindicato.

Discutiram-se, também, os recentes problemas apresentados pelas armas Taurus, que têm apresentado problemas. Há notícias de disparo no caso de quedas, causando acidentes que colocam em risco a integridade física dos policiais e da sociedade. O último caso envolvendo o disparo involuntário de uma Taurus, teria acontecido em dezembro do ano passado, no Guará, quando a arma disparou após ter caído ao chão.

O diretor-adjunto da Polícia estava consciente dos fatos e garantiu que, após a conclusão do laudo pericial da arma do incidente no Guará, novas diligências serão tomadas. De ante mão, Anderson Espíndola, disse que, ainda este mês, serão realizados testes com armamentos de três fabricantes diferentes.

De forma geral, Eric Seba mostrou-se aberto às demandas da diretoria e ressaltou que a luta pelas reivindicações precisa acontecer conjuntamente entre a direção da PCDF e o Sinpol-DF. Além disso, destacou que o grupo de trabalho precisa ser composto de forma ampla. “É imprescindível que o grupo de trabalho também englobe representantes da esfera federal”, disse.

Uma nova reunião entre a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do GDF, a diretoria da Polícia e o Sinpol-DF está prevista para acontecer ainda na próxima semana. Na ocasião, serão apresentados os encaminhamentos da Secretaria em resposta aos cincos pontos apresentados pelo Sinpol-DF no último encontro entre o sindicato e a SRI.