Polícia Civil registra novo caso de feminicídio no Distrito Federal

Do Jornal de Brasília

A Polícia Civil registrou nessa sexta-feira (24) mais um caso de feminicídio no Distrito Federal. Maria Moreira de 36 anos foi encontrada morta no banheiro da própria residência, localizada na QN 08 do Riacho Fundo II.

O principal suspeito é o marido da vítima, Clebson Moreira, de 37 anos. De acordo com a Polícia Militar, Maria teria sido esfaqueada após uma discussão entre o casal. Depois do crime, por volta das 2h, o suspeito foi até a casa de uma prima, em Santa Maria, contar o que havia feito e fugiu em seguida.  Segundo a Polícia Civil, ele permanece desaparecido desde então.

Às 8h, um amigo foi deixar o filho do casal de dois anos e encontrou Maria no cômodo. “Clebson havia deixado a criança comigo e demorou para buscá-lo. Com isso, resolvi ir até a casa deles. Bati na porta e ninguém atendeu. Abri a porta e passei a procurar por eles. Nesse momento, vi ela caída no chão, morta”, relembrou.

Assustado, o homem saiu rapidamente da residência da família e tentou, sem sucesso, acionar a polícia. Em seguida, foi até a uma farmácia, próximo ao local do crime, pedir ajuda. Lá, os funcionários conseguiram acionar a corporação.

Brigas constantes

Segundo vizinhos, as brigas entre os dois eram frequentes. No dia 19 de junho, durante um desentendimento, o suspeito teria ameaçado de morte a esposa.  Em entrevista ao Jornal de Brasília, um parente da vítima, que não quis se identificar, informou que o casal estava junto há cerca de três anos. “O Clebson é usuário de drogas e ingere bebidas alcoólicas. Todas as vezes que usava algum ilícito, ele ficava violento e ameaçava a Maria”, contou.

A irmã da vítima relatou ainda que o homem já chegou a agredir o filho do casal. “A Maria afirmava que ele era louco. Uma vez ele chegou a colocar o meu sobrinho de cabeça para baixo, na sacada do prédio”, alertou.

Em depoimento, uma amiga da vítima contou que as duas sempre costumavam ir juntas para o trabalho, quando Maria dizia ser apaixonada pelo suspeito. “Hoje, quando a Maria não apareceu e não atendeu às minhas ligações, passamos a desconfiar de que poderia ter acontecido alguma coisa. Apesar das brigas, ela dizia que não terminava porque amava o marido”, afirmou.

O caso foi registrado na 29ª Delegacia de Polícia, no Riacho Fundo I, que investiga o caso. Lá foi constatado que o suspeito já possui diversas passagens por roubo com emprego de arma de fogo, Lei Maria da Penha, Associação criminosa, furto e roubo. As buscas pelo suspeito continuam.