Do Metrópoles

Em 2015, o Disque-Denúncia da Polícia Civil recebeu 98.492 ligações, média de 8.200 chamadas por mês. Em 2014, foram registradas 18.720 denúncias. Apenas entre janeiro e maio deste ano foram 8.286 denúncias. No mesmo período do ano passado foram 8.514 registros.

As denúncias podem ser feitas pelo 197, com ligação gratuita; pelo site da PCDF, pelo e-mail  denuncia197@pcdf.df.gov.br ou pelo Whatsapp (98226-1197). Independente do canal utilizado, a polícia garante o anonimato. “A participação da população se dá, principalmente, pela crescente consciência de colaboração com a polícia, em uma relação de confiança mútua, essencial ao combate à criminalidade”, destaca o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba.

Após o recebimento do caso, o primeiro passo é verificar se existem outras denúncias semelhantes e se é possível identificar suspeitos. Em seguida, o caso é enviado para a delegacia responsável. Atualmente, o banco de dados de denúncias da PCDF conta com cerca 200 mil registros, informações que auxiliam diversas investigações em curso. Mais de 50% das denúncias são relacionadas ao tráfico de drogas.

Foi com o auxílio de informações recebidas pelo Disque-Denúncia que a PCDF chegou, este ano, aos autores do roubo na residência do cônsul de Israel e recuperou os objetos que foram roubados; fechou uma fábrica de bebidas falsificadas em Taguatinga Sul; e prendeu dois traficantes que vinham do Paraguai com 140 quilos de maconha, entre outros.

Em 2015, foi possível mapear uma organização criminosa que agia principalmente nas regiões do Arapoangas, Pombal e Buritis, de Planaltina. Contra os integrantes havia 44 denúncias. Com base nesses dados, a delegacia da região realizou a Operação “Aliados”, que desarticulou a quadrilha e resultou na condenação de 30 réus por associação ao crime e corrupção de menores.

Caso emblemático, esclarecido a partir do Disque-Denúncia, foi o furto das obras do Museu de Arte de São Paulo (MASP), em 2007. O crime estava sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo, mas uma informação dada por um denunciante ao 197 levou a Polícia Civil de Brasília a entrar na investigação. O relato do denunciante foi confirmado e garantiu a elucidação do furto pela polícia paulista.

Para o diretor-geral da PCDF, a credibilidade do serviço de denúncia se deve à preservação do anonimato do denunciante, que não precisa fornecer nome em qualquer tipo de dado para denunciar um crime. Ainda que o denunciado queira se identificar, suas informações não são cadastradas. “Isso é fundamental para que a população se sinta mais segura para denunciar”, observa Eric Seba. (Com informações da Secretaria de Segurança do DF)

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