Balanço divulgado nesta terça-feira (6) pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal aponta que 31 detentos não retornaram ao presídio após os “saidões” de Natal e Ano Novo, benefícios concedidos no fim do ano passado. Agora, eles serão enquadrados como foragidos e podem perder o direito aos benefícios e ao regime semiaberto, caso sejam capturados.

Dos 1.407 internos liberados no dia 31 de dezembro para passar o Ano Novo com familiares, 11 não retornaram no dia 2 de janeiro, prazo estipulado pelo governo. Para o Natal, 1.501 deixaram as unidades no dia 24, mas 20 deles continuaram nas ruas após o dia 26 de dezembro.

Em 28 de dezembro, dois dias após o retorno previsto, um detento foi recapturado no Guará dentro de um carro roubado e clonado, com um revólver calibre 38 com cinco munições e uma porção de cocaína. A Polícia Militar informou que o próprio preso, que estava dirigindo o carro, revelou que estava no “saidão”.

Reclamação
Policiais civis do Distrito Federal reclamam da atribuição extra de fiscalizar os presos em regime semiaberto que participam dos “saidões”, passando dois ou três dias fora da cadeia em datas comemorativas.

Em nota enviada após o “saidão” de Natal, o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol) afirma que o benefício contribui para o aumento da sensação de segurança na população da capital. “Apesar de não haver dados que possam afirmar que a criminalidade aumenta com o saidão, percebemos esse sentimento na sociedade”, afirma o presidente da entidade, Rodrigo Franco.

Fonte: G1

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