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Gaúcho anunciou que os policiais civis estão dispostos a avançar no movimento grevista (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Os policiais civis do Distrito Federal decidiram, nesta sexta, 4 de setembro, pela manutenção da greve iniciada na última terça, 1º. A categoria participou de uma Assembleia Geral Extraordinária convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) na Praça do Buriti.

Mais de dois mil filiados atenderam ao chamado do Sinpol-DF. A categoria também decidiu pela realização de um ato durante o Desfile de 7 de Setembro, na próxima segunda, 7. A concentração dos policiais está marcada para as 8h30, em frente ao Museu Nacional da República, na Esplanada dos Ministérios.

Na terça, dia 8, será realizada mais uma assembleia, a partir das 15h, também na Praça do Buriti. A expectativa é a de que, após a reunião, o grupo vá até a Câmara Legislativa do DF (CLDF), a fim de pedir apoio aos deputados distritais.

4º Dia de greve - Ass.  Buriti -  (131)
Rincon, vice-presidente do sindicato, elogiou os policiais pelo engajamento na greve

Leia mais: “Vamos mostrar ao GDF nossa insatisfação e nossa força”

“Estamos dando um recado ao governador: Não concordamos com sua postura e estamos dispostos a ir em frente, até que as nossas reivindicações sejam atendidas”, avisa Rodrigo Franco, o Gaúcho, presidente do Sinpol-DF.

 

Veja o vídeo da TV Sinpol-DF

 

 

GOVERNADOR

Policiais foram até o gramado do Palácio do Buriti para fazer manifestação
Policiais foram até o gramado do Palácio do Buriti para fazer manifestação

A decisão pela continuidade da greve se deu pela ampla maioria dos votos. A adesão ao movimento vem aumentando à medida em que o governador Rodrigo Rollemberg permanece impassível às reivindicações. Prova disso é que a convocação foi lançada pelo sindicado às 10h desta sexta e atraiu uma grande quantidade de policiais.

Renato Rincon, vice-presidente do Sinpol-DF, elogiou a mobilização dos colegas. Ele ressaltou, porém, que é necessário mantê-la, especialmente, durante este fim de semana.

“É chegado o momento de nos engajarmos ainda mais. Temos não só que continuar, mas agravar o movimento. Vamos sair da zona de conforto e juntar ainda mais colegas. Essa luta é de todos”, pontua.

Depois da votação, a categoria caminhou até o gramado do Palácio do Buriti. Lá, o grupo entoou gritos de ordem exigindo que o governador envie à presidente Dilma Rousseff uma mensagem assinada na qual se compromete em manter a isonomia entre a Polícia Civil do DF (PCDF) e a Polícia Federal (PF).

Veja o vídeo da manifestação no Buriti:

Diretores foram recebidos pelo subsecretário Manoel dantas
Diretores foram recebidos pelo subsecretário Manoel Alexandre

Assim, toda a negociação salarial acertada entre o governo federal e a PF seria estendida à PCDF. “O governador não sai da toca. É hora de começarmos a agir. Nossas reivindicações são simples, mas ele prefere virar as costas para todos nós e para a população”, acrescenta Gaúcho.

Com a manifestação na porta do Palácio, o presidente do Sinpol-DF,Rodrigo Franco, o 1º vice Renato Rincon, e o secretário geral do sindicato, Paulo Sousa, foram recebidos, primeiro, pelo secretário adjunto de Relações Institucionais e Sociais, Manoel Alexandre, e, depois, pelo titular da pasta, Marcos Dantas.

De acordo com Gaúcho, eles se comprometeram a agendar uma reunião entre a diretoria do sindicato e o governador Rollemberg também até a próxima terça.

4º dia de Greve abordagem ao governador - Paulo Cabral (19)
Fernando Ferreira e Marcos Campos, diretores do Sinpol-DF, encontraram o governador em solenidade

“Nós deixamos claro, nessa conversa, que queremos ser atendidos pelo governador. Esse governo precisa ser efetivo nas negociações. Nós estamos conversando há meses, mas sem avançar na pauta. Avisamos que se não houver progresso nas negociações, nosso movimento vai avançar”, afirma o presidente do Sinpol-DF.

DECISÃO JUDICIAL

As críticas ao comportamento do governador foram constantes durante a assembleia. Para Gaúcho, Rodrigo Rollemberg confia na decisão judicial que considera a greve ilegal para enfraquecer a mobilização dos policiais.

“Ele ainda não nos chamou para conversar; está confiando na ilegalidade. Nós estamos aqui lutando pelas nossas famílias. É uma luta pela dignidade, pelo respeito que o policial civil tem”, acrescenta.

O presidente do Sinpol-DF informou, ainda, que não foi notificado oficialmente da decisão judicial. Além disso, ele relatou que a decisão ainda não foi publicada no site do Tribunal de Justiça do DF, portanto, a greve tem as condições de continuar vigente.

Durante a manhã, em um dos atos para chamar a atenção de Rodrigo Rollemberg, um grupo de policiais e diretores do Sinpol-DF conseguiu abordá-lo. No entanto, de acordo com o diretor de Relações Sindicais adjunto, Fernando Ferreira, a única resposta do governador quando questionado sobre a reivindicação da categoria foi decepcionante.

“Ele voltou a mencionar a Lei de Responsabilidade Fiscal e disse que “usa o dinheiro para pagar os outros”. O dinheiro que é para pagar os policiais, é usado para pagar outros servidores. Isso não está certo; é hora de lutar”, conclama Fernando.

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