JORNAL DE BRASÍLIA

 

Ponto do Servidor

 

GREVE NA CIVIL CONTINUA

Os policiais civis, em assembleia, decidiram mais uma vez pela continuidade da greve da categoria por mais sete dias contados a partir das 18h desta sexta-feira. A paralisação completou 40 dias. Os policiais pedem 28% de reajuste salarial, além de reestruturação da carreira, plano de saúde subsidiado e a transformação ou renomeação do cargo de agente penitenciário. “O governo continua sem conversar com a categoria e sem apresentar proposta”, disse o presidente do Sinpol, Ciro José de Freitas. Uma reunião com o GDF está agendada para a próxima segunda-feira.

 

Do Alto da Torre

 

QUESTÃO DE LIMITES

É provável que o Buriti tenha compreendido o afastamento do distrital Wellington Luiz da Secretaria de Regularização de Condomínios. É provável também que tenha tolerado a abstenção do deputado na votação que referendou a indicação de Paulo Tadeu para o Tribunal de Contas do Distrito Federal. Mas Wellington também andou comparecendo a reuniões de policiais civis em greve e subindo em palanques deles. Foram contar ao governador Agnelo Queiroz tudinho o que ele disse.

 

BESSA RETORNA À POLÍTICA

Volta hoje à política o ex-deputado federal Laerte Bessa (foto). Será nomeado chefe de gabinete do distrital Olair Francisco, com direito a um CNE-1. Diretor da Polícia Civil na administração Roriz, Bessa disputou seu primeiro mandato pelo PMDB, elegeu-se e foi depois o único parlamentar a acompanhar o ex-governador quando se filiou ao PSC. Na eleição de 2010 foi o oitavo da lista, com 51.796 votos, mas ficou fora porque sua legenda só obteve três cadeiras.

 

SÉRIE DE RUPTURAS

Considerando-se abandonado por Roriz na campanha, Bessa deixou o grupo do ex-governador. Mais tarde, rompeu também com o PSC. Chegou a dizer que nada queria com a política.

 

POSTO-CHAVE

No gabinete de Olair Francisco, Bessa deverá ter carta branca e trabalhará na coordenação política. Ocupará o cargo de outro auxiliar importante do deputado, Manoel Carneiro, que foi indicado administrador regional de Águas Claras e deixou o cargo após um episódio esquisito sobre impressão de folhetos e confecção de CDs. Olair manteve sua influência sobre Águas Claras.

 

CORREIO BRAZILIENSE

 

Economia

 

JUÍZES PARAM POR SALÁRIOS

Magistrados decidem fazer greve durante 48 horas, em novembro, reivindicando reajuste de 28%

 

Insatisfeitos com o reajuste de 15,8%, dividido em três parcelas, oferecido pelo Executivo, juízes federais e desembargadores paralisarão os trabalhos nos tribunais em 21 e 22 de novembro. Os magistrados argumentam que o índice não cobre as perdas inflacionárias dos últimos três anos, período em que não receberam aumento salarial. De acordo com a categoria, a defasagem nos contracheques é de 28,86%, percentual considerado essencial para a devida recomposição dos vencimentos.

Nos dias em que as atividades estiverem suspensas nos tribunais, não haverá despachos nem julgamentos. Apenas pareceres liminares ou urgentes serão concedidos. A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) também decidiu, em votação convocada na última segunda-feira, que nenhum magistrado participará da Semana de Conciliação, que ocorre entre 7 e 14 do próximo mês.

 

Prejuízos

O Correio procurou o Conselho Nacional de Justiça, órgão responsável por organizar o evento, para comentar o caso, mas até o fechamento desta edição não recebeu resposta. Somente no ano passado, os cinco tribunais da Justiça Federal realizaram 23.619 audiências de conciliação e fecharam 16.385 acordos.

De acordo com o presidente da Ajufe, Nino Oliveira Toldo, os juízes e os desembargadores associados estão desanimados e insatisfeitos com o descaso com que vêm sendo tratados. Ele conta que a carreira é desvalorizada pelo Palácio do Planalto e pela sociedade e que a questão salarial é preponderante no momento. “Os juízes assumem funções extraordinárias sem reconhecimento e remuneração (extra). Sempre preferi buscar o diálogo e o consenso. Mas a insatisfação é crescente em vista da última posição do governo em conceder 5% ( de aumento, ao ano, parcelado em três vezes), sem levar em conta qualquer característica peculiar à magistratura.”

Filiação