Na tarde desta segunda-feira (6), os representantes sindicais se reuniram na sede do Sinpol para sistematizar e organizar a paralisação do dia 8 de agosto que é a contribuição dos Policiais Civis na Mobilização Nacional dos Servidores das Carreiras Essenciais ao Estado, já que neste dia haverá manifestações no DF e em todos os Estados da Federação. Ciro enfatizou também que os pleitos centrais da categoria policial civil são a reestruturação de carreira, o aumento do efetivo, a transformação / renomeação do cargo de agente penitenciário e o plano de saúde subsidiado.
A reunião foi iniciada com informações do encontro entre as entidades de classe da PCDF, o Ministério do Planejamento (MPOG) e a Secretaria de Administração do DF, ocorrido no dia 03/08 (sexta-feira), ocasião em que o presidente do Sinpol Ciro de Freitas disse que o governo sinalizou estar mais sensível às demandas da categoria, sendo que a secretária adjunta de administração Marcela Tapajós reconheceu que a PCDF é a categoria que mais apresentou perdas salariais, em relação às demais carreiras essenciais ao Estado.
Quanto à sistematização da paralisação, o presidente do Sinpol ressaltou que a proposta deliberada na assembleia do dia 02, foi a mesma discutida na última reunião dos representantes sindicais. “Diante disso a nossa mobilização tem como foco principal mostrar para a sociedade, que a PCDF está passando por um período de sucateamento, pois o efetivo policial é o mesmo desde 1993 e a população do DF aumentou consideravelmente, fato que não permite à polícia Civil prestar um serviço de qualidade”. O DF é dividido em quatro regiões: metropolitana, leste, oeste e sul e funcionará apenas uma delegacia em cada região”, completou Ciro de Freitas, destacando a importância de selecionar as delegacias com melhores estruturas para auxiliar o trabalho do policial civil envolvido na mobilização.
O vice-presidente do Sinpol Luciano Marinho enfatizou que o momento deve ser de união de todos os Policiais Civis, uma vez que há pouco tempo para fazer manifestações. “Vamos continuar acreditando e colocar a categoria nas ruas mobilizada para mostrar ao governo que somos uma carreira forte e que luta até o fim para conseguir o que é seu de direito, isto é, melhores condições de trabalho”, ressaltou.
O segundo vice-presidente André Rizzo informou aos presentes que até o dia 17 de agosto, o Governo Federal afirmou que apresentará uma resposta definitiva às carreiras essenciais ao Estado, dentre elas, a PCDF. “Esperamos que dessa vez não haja mais adiamento desta proposta. Acreditamos que a mobilização dos policiais despertará a atenção do governo e o mesmo atenderá as nossas expectativas”.
Na reunião, os representantes sindicais sugeriram que a mobilização do dia 8 de agosto seja conhecida como “Operação Realidade” e apresentaram diversas propostas a serem implementadas durante a paralisação, que serão sistematizadas pelo Sinpol e divulgadas antes do dia 8.
Foram apresentadas como sugestões, para serem as delegacias matrizes e onde deverá ocorrer o atendimento ao público, as seguintes DP’s: 5ª DP (região metropolitana), 13ª DP (região leste), 21ª DP (região oeste), 33ª DP (região sul) e a DCA I. Todas aprovadas pelos representantes sindicais, por terem melhores condições para suportar as demandas e facilitar o trabalho do policial que estará de plantão no dia.
As outras delegacias deverão formar piquetes com o próprio efetivo para orientar a população acerca dos locais onde deverão ser feitas as ocorrências e os crimes que poderão ser registrados. Já os agentes penitenciários e os servidores lotados nos institutos e delegacias especializadas, o Sinpol convoca para participarem, juntamente com os demais servidores das carreiras típicas de Estado, de manifestação em frente ao MPOG, às 14h, também no dia 8.
O Sinpol solicita à categoria que se mantenha atenta aos meios oficiais de comunicação da entidade, especialmente aos emails, pois o manual da “Operação Realidade” deverá ser encaminhado em breve, de modo que o acesso seja restrito apenas aos Policiais Civis.