GREVE | Representantes sindicais se reúnem no Sinpol para tratar do redimensionamento do movimento grevista

Na tarde desta sexta-feira (31), os representantes sindicais se reuniram na Sede do Sinpol a fim de tratar do movimento de greve dos Policiais Civis. O objetivo principal do encontro foi informar aos representantes acerca de ordem judicial expedida nesta quinta-feira (30) pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF e Territórios que redefine parâmetros para o movimento paredista.

O presidente do Sinpol Ciro de Freitas destacou que, “apesar da greve ser considerada legal, tem algumas restrições e, dado a isso, se faz necessário algumas modificações na cartilha que, após alterada, será encaminhada a todos os sindicalizados via email. Mas, se percebe na decisão que, embora exista forte apelo por parte da Procuradoria do DF no que diz respeito ao enfrentamento de direitos consagrados, a decisão respeitou o direito de greve”. E complementa: “A greve continuou devido ao descaso do GDF com os policiais civis. Para que o movimento termine, depende mais do governo do que de nossa categoria. Basta apenas a retomada das negociações com os devidos encaminhamentos nos termos já negociados”, ressaltou o presidente do Sinpol.

Ciro informou também aos representantes que será encaminhada uma convocação da bancada parlamentar da segurança pública na Câmara Legislativa, ao gestor do Fundo Constitucional, para que compareça à Câmara Legislativa e explique qual a destinação dos recursos pertencentes à Segurança Pública do DF e informe ainda como estariam sendo aplicados de modo subsidiário os demais recursos.

Já o vice-presidente Luciano Marinho disse que “não existe luta sem algumas baixas, muitas ameaças e pressões de todas as ordens.  A categoria não pode retroagir e deve cumprir na totalidade o que deliberou a assembléia,  para que nossa vitória seja alcançada”, completou Marinho.

Durante a reunião foi informado ainda que está sendo feito contato com vários segmentos do governo, inclusive deputados federais eleitos no DF para que hajam como interlocutores nas negociações das reivindicações da categoria.

Para o segundo vice-presidente do Sinpol André Rizzo, os policiais civis vêm demonstrando que estão unidos  e isso pôde ser comprovado na última assembléia,  quando um grande número de policiais compareceram e deliberaram pela continuidade da greve: “Percebemos o espírito de unidade da categoria e estamos convictos de que, apesar da batalha ser árdua, a conquista só será possível se mantivermos mobilizados”.

Os representantes sindicais apresentaram várias propostas a ser integradas ao movimento de greve e, ao final, ficou deliberado que o Sinpol deverá produzir materiais como panfletos esclarecedores acerca da paralisação, que serão distribuídos nas unidades policiais para serem entregues à população. Além disso, foi definido que o foco de cobrança da efetivação dos pleitos dos policiais deve ser concentrado no GDF, que insiste em fechar as portas aos representantes da categoria.

Ouro ponto defendido e deliberado pelos representantes sindicais, foi que todos os policiais devem se envolver diretamente na greve, mesmo aos finais de semana, quando cada unidade deverá criar sua própria escala de apoio aos plantões, visando oferecer suporte na orientação da população sobre os reais motivos do movimento paredista.

O Sinpol solicita a todos os sindicalizados que permaneçam unidos e atentos para novas convocações. A greve continua.

“Nossa vitória sempre será proporcional à nossa luta”