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15% para técnicos da educação

Governo abre exceção e propõe reajuste aos servidores das universidades. Mas categoria não gostou da oferta

 

» ANA CAROLINA DINARDO

Depois de anunciar que só voltaria a negociar com servidores públicos federais em greve depois de 13 de agosto, o governo abriu uma exceção e recebeu ontem representantes da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Essa foi a primeira conversa com representantes do Ministério do Planejamento — a categoria já tinha apresentado pleitos para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em julho. O secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público do Planejamento, Sérgio Mendonça, apresentou proposta de aumento salarial de 15% em três anos, a partir de 2013.

A categoria, no entanto, parece não ter ficado satisfeita. O coordenador de Administração e Finanças da Fasubra, Rolando Rubens, classificou o pacote oferecido pelo Executivo como intransigente. “A proposta prevê que, por três anos, não podemos fazer greves. Isso é um absurdo. O governo quer nos neutralizar”, disse. Ainda assim, a oferta será apresentada às bases sindicais em assembleias. A categoria deve decidir se aceita os 15% ou não até o fim da semana.

Reforço

Enquanto o Palácio do Planalto não retoma o calendário de negociações, outras categorias engrossam o movimento de greve nacional. Ontem, analistas e técnicos da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) iniciaram uma paralisação de 48 horas. Está agendado para a quarta-feira, um protesto em frente ao Palácio do Planalto. “Juntos podemos cobrar um posicionamento mais claro quanto às reivindicações que apresentamos nas nove reuniões somente este ano”, ressaltou o presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle, Rudinei Marques.

Já os fiscais agropecuários cruzaram os braços por tempo indeterminado, criando mais dificuldades para a entrada e a saída de produtos de origem animal no país. Eles reclamam que o governo não faz concurso para aumentar o efetivo de 2,7 mil fiscais. Além disso, os servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) parar a partir de segunda-feira e os analistas Receita Federal realizarão assembleia amanhã para decidir se promovem uma paralisação de 24 horas no dia 14.

 

JORNAL DE BRASÍLIA

 

AS OCORRÊNCIAS

Índices criminais graves, como homicídio e sequestro, reduziram

 

A Secretaria de  Segurança Pública fechou o balanço criminal no mês de julho com motivos para comemorar, quando os índices criminais são comparados com o mesmo mês do ano anterior. Crimes graves como homicídios, latrocínios e os roubos com restrição de liberdade da vítima, o chamado sequestro relâmpago, apresentaram redução. O Distrito Federal fechou o mês com 52 mortes violentas, contra 72 no mesmo período do ano passado, queda de 27,8%. A mesma tendência foi seguida pelos sequestros relâmpago, que tiram o sono da cúpula da segurança. Com o plano Ação Pela Vida, a incidência criminal caiu de 60 casos em julho do ano passado para 55 no mesmo período deste ano.

“Estamos no caminho certo para reduzir ainda mais os crimes graves”, disse o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. Segundo a secretaria, em 50% das ocorrências, as vítimas de homicídio possuíam antecedentes criminais, entre as quais duas eram procuradas pela polícia e uma estava em cumprimento de prisão domiciliar.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, as vítimas de sequestro relâmpago foram liberadas a uma distância média de 17,8 quilômetros do local da abordagem, ficando constatada uma distância máxima de 52 quilômetros e mínima de três quilômetros. No período, a polícia ainda apreendeu 36 armas.

 

LEI MARIA DA PENHA

Hoje, a Lei Maria da Penha completa seis anos também com motivos para comemorar, mas também com diversas metas a serem alcançadas. O Distrito Federal está em primeiro lugar no recebimento de denúncias pelo disque-denúncia da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo Federal, o que mostra um maior nível de conscientização das vítimas.

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