Os Policiais Civis se reuniram mais uma vez em assembleia, nesta quinta-feira (2), em frente ao Ministério do Planejamento (MPOG) para definir as próximas ações a serem tomadas contra as negativas do governo em atender reivindicações da categoria.
O presidente do Sinpol Ciro de Freitas ressaltou que a assembleia foi marcada em razão de uma reunião que deveria acontecer nesta mesma data no MPOG, entretanto, o governo adiou o encontro para esta sexta-feira (3). “Outra vez a categoria está sendo tratada com desrespeito, mas isso fará com que as nossas mobilizações sejam ainda mais fortes. O governo está conseguindo o que nenhum dos anteriores conseguiu, que é a união de todas as carreiras típicas de Estado contra a política de arrocho salarial”, destacou.
Para o presidente do Sinpol, o Governo tinha que dar o mesmo tratamento que dá aos salários, para o custo de vida no DF, isto é deveria congela-lo também. O último reajuste dado foi em 2006, porém, nos últimos anos o custo de vida aumentou assustadoramente. “Já que os salários estão congelados o Governo deveria cuidar então de congelar, também, as mensalidades escolares, os planos de saúde, a cesta básica, o custo de vida em geral”. Concluiu.
Ciro enfatizou também que os pleitos centrais da categoria policial civil são a reestruturação de carreira, o aumento do efetivo, a transformação / renomeação do cargo de agente penitenciário e o plano de saúde subsidiado. Contudo, outros assuntos de interesse dos policiais como a Lei Geral e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 68/11, que trata dos anuênios, continuam sendo acompanhados pela entidade, uma vez que o Sindicato está atento a todos os assuntos que envolvem a categoria.
Na oportunidade, o vice-presidente do Sinpol Luciano Marinho argumentou que a reestruturação de carreira nada mais é que uma reposição inflacionária somada a alguns ajustes necessários, portanto, é um direito dos servidores. “Vamos nos unir às demais carreiras essenciais ao Estado e fazer um grande movimento no dia 8 de agosto, no qual daremos a resposta que o governo merece. Este dia vai ser marcado como o dia de combate à corrupção”, afirmou.
O segundo vice-presidente André Rizzo lamentou o adiamento da reunião. “A categoria está sendo desrespeitada como nunca fora anteriormente. Na última assembleia recebemos informações de que o plano de saúde estava prestes a ser apresentado e, depois disso, não tivemos mais nenhum pronunciamento. As atitudes desse governo para com os servidores públicos são vergonhosas”.
Rizzo informou aos presentes que o Secretário de Segurança Pública Sandro Avelar se reuniu nesta quinta-feira com a ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann, e tratou acerca do aumento de quadro dos policiais civis e a transformação do cargo de agente penitenciário. De acordo com as informações do secretário, o governo demonstra interesse em dar encaminhamento a estes pleitos, mas no que diz respeito à reestruturação de carreira, o assunto sequer foi colocado em pauta.
O secretário de Regularização de Condomínios Wellington Luiz ressaltou que é inaceitável o descaso da União com os policiais civis. “Essa não é uma categoria qualquer. São profissionais que estão sendo desrespeitados. A resposta para os pleitos tem de ser dada agora, pois as negociações já se passaram. É tempo de efetivação”, disse Wellington.
Ao final, o presidente do Sinpol apresentou as propostas dos policiais e a categoria deliberou pela paralisação das atividades, no dia 8 de agosto, juntamente com as carreiras típicas de Estado, que também estarão paradas neste dia. Ciro explicou ainda que o DF será dividido em 4 regiões e funcionará apenas uma DP por região. Neste caso, o comando de greve se responsabilizará em dar assistência a estas unidades, especialmente no Plantão. Quanto às investigações, serão dadas continuidades apenas àquelas direcionadas para os crimes contra administração pública, desvio de verbas públicas e crimes do colarinho branco.
Na assembleia ficou deliberado, também, que segunda-feira haverá reunião com representantes sindicais no Sinpol às 15h, para sistematizar e organizar o movimento do dia 8. O Sinpol reitera que os policiais permaneçam atentos às convocações, uma vez que o momento requer uma grande mobilização de todos.