Os policiais civis participaram na tarde desta quarta-feira (18) de assembleia no estacionamento nº 6 do Parque da Cidade, para deliberar sobre formas de pressionar tanto o GDF, quanto o Governo Federal para que cumpram com os acordos e atendam os seguintes pleitos da categoria: Reestruturação de carreira, aumento do quadro e a transformação/mudança de nomenclatura do cargo de agente penitenciário. O presidente do Sinpol, Ciro de Freitas, os vice-presidentes Luciano Marinho e André Rizzo conduziram a assembleia, que contou ainda com a presença do Secretário de Regularização de Condomínios, Wellington Luiz.
Ciro de Freitas iniciou informando que houve poucos avanços e que a política de arrocho do Governo Federal tem sucateado o serviço público: “Já estamos há cerca de quatro anos com salário congelado e não há mais como conceder prazos, precisamos intensificar as mobilizações”. O presidente disse ainda que o Sinpol tem cobrado diuturnamente a implementação dos pleitos e repassado todas as informações à categoria por meio do site, emails e da revista Tribuna Policial: “Estivemos em diversas reuniões, onde foram tratados todos os assuntos de interesse dos policiais e divulgamos essas ações em tempo real, praticamente todos os dias”, afirmou, solicitando que todos busquem esses meios para se manterem informados das ações do Sindicato.
Quanto às reuniões que aconteceram no Ministério do Planejamento (MPOG), o presidente explanou que não houve avanços, no que diz respeito à reestruturação de carreira, apesar do órgão ter solicitado à Direção da PCDF o impacto financeiro. Já em relação à transformação/renomeação do cargo de Agente Penitenciário e ao aumento do quadro, foi percebido um progresso, podendo ser apresentada uma solução em breve.
Ponto importante abordado pelo presidente foi em relação ao Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 25 de categorias. Na última sexta-feira (13), aconteceu reunião daquele Fórum, no Sindepo, em que se deliberou pela realização de movimentos conjuntos, simultâneos, no dia 26 de julho, que culminarão com passeata rumo ao Ministério do Planejamento. Ciro de Freitas ponderou que somente a assembleia desta quarta-feira poderia decidir pela participação ou não dos policiais civis nessa manifestação.
O vice-presidente Luciano Marinho foi enfático ao afirmar que é preciso que a categoria esteja mobilizada, pois o prazo é curto. “Não estamos vencidos. Não é o governo que diz quanto merecemos ganhar, nós é que vamos mostrar nosso valor. Temos de garantir que nossos salários não sejam corroídos. “Temos como meta principal, a recomposição de nossos proventos e disso não abriremos mão”.
Já o vice-presidente André Rizzo ressaltou aos presentes da força do Sinpol, que hoje conta com aproximadamente 99% da categoria filiada: “Somos um dos maiores sindicatos do país e efetivamente representamos a vontade dos policiais. Vamos nos manter unidos e mobilizados, pois apenas dessa forma conquistaremos nossos direitos”. Ele falou ainda que a categoria tem sido tratada com descaso e que nem os pleitos de competência exclusiva do GDF, como o plano de saúde subsidiado foi atendido. “Estão tentando nos enrolar com medidas protelatórias e não iremos permitir que a reestruturação de carreira fique em segundo plano. O Fundo Constitucional é reajustado anualmente e, diferente do que é divulgado, foi criado para manter a Segurança Pública do DF. Portanto, não vamos admitir ser emparedados”.
André Rizzo leu ainda, proposta de minuta elaborada pelo Sinpol, que foi protocolada na Secretaria de Administração, em que propõe a regulamentação de plano de saúde subsidiado aos policiais ativos, inativos, pensionistas e seus dependentes, nos moldes do aplicado no Governo Federal, conforme prevê o artigo 230 da Lei 8112/90, consubstanciado pelas decisões 6868/2006 e 3967/2007, ambas do Tribunal de Contas do DF. “Basta agora, boa vontade do GDF em atender o pleito”, acrescenta.
O secretário Wellington Luiz, que fez questão de estar presente na assembleia, reafirmou sua defesa em prol da categoria e que ao longo de sua história como sindicalista e deputado, sempre deu provas disso. “Nunca me furtei de minhas obrigações e minha presença aqui hoje mostra isso. Estarei, como sempre, em todos os eventos e reuniões em que assuntos de interesse dos policiais civis estejam sendo discutidos. Não me intimidarei e não tenham dúvida que continuarei lutando por nossos pleitos”, disse Wellington Luiz.
Ao final, o presidente Ciro de Freitas deliberou sobre a participação do movimento conjunto com outras carreiras do Governo Federal, no dia 26 de julho, proposta que foi aceita por todos. Dessa forma, ficou marcada assembleia, naquela data, às 14h, em frente ao Palácio do Buriti (local que também foi decidido pelos presentes). Logo depois, às 16h, os policiais seguirão em carreata até o Ministério do Planejamento, onde encontrarão os servidores das demais categorias. “A palavra de ordem agora é união. Dessa forma, alcançaremos nossos objetivos”, disse o presidente solicitando a todos que permaneçam atentos às convocações da entidade e que convidem seus colegas a participar dos movimentos.
Também estiveram presentes na assembleia os presidentes da Feipol Centro-Oeste Norte, Divinato da Consolação; da Adepol, José Werick, da ABPC, Gustavo Dalton, da Agepen, Marcele Alcântara; e da Asbrapp, Nilton Pfeifer.