Devido aos questionamentos por parte do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), para as aposentadorias dos policiais que estiveram lotados na estrutura organica da PC-DF como chefias de SAA das unidades da polícia civil, Academia de Polícia Civil, Ditran, Gabinete da PC-DF, dentre outros ou requisitados para a Secretaria de Segurança Pública, o presidente do Sinpol-DF Ciro de Freitas, o vice André Rizzo, os Secretários de Segurança Sandro Avelar e de Regularização de Condomínios, Wellington Luiz, o diretor da PCDF Jorge Xavier e representantes de entidades classitas, estiveram com a presidente do Tribunal, Marli Vinhadeli e com o Conselheiro Renato Rainha, para tratar do assunto.
Os representantes explicaram à presidente que o policial, assim que toma posse, passa a exercer atividade de risco, independente de onde exerça esta atividade. “A atividade de risco é correlata ao cargo de policial, temos muitos servidores lotados em assessoria ou inteligência e que não sofre risco iminente, mas isso não significa que deixa de contribuir para a investigação policial ou para a atividade de polícia judiciária”, afirma o presidente do Sinpol.
O vice-presidente André Rizzo ressaltou que o policial sofre risco permanente e possui dever de agir em qualquer ocasião, independente se desempenha função administrativa ou não, se está lotado na Secretaria de Segurança ou mesmo cumprindo mandato classista: “Somos policiais em qualquer momento e sabemos de diversas situações em que servidores precisaram atuar para garantir a ordem pública”.
Já o Secretário Wellington Luiz destacou que o servidor não pode ser penalizado em sua aposentadoria por uma decisão da administração: “O policial sequer pode negar em ser lotado no local para o qual foi determinado. Como pode então, sofrer o ônus de uma decisão do administrador?”, questiona o Secretário.
Seguindo a mesma linha de pensamento, o Secretário de Segurança Sandro Avelar entregou à presidente um estudo detalhado demonstrando que tanto policiais civis, militares ou bombeiros estão expostos a risco rotineiramente. “Este entendimento do Tribunal que o policial, a partir do momento em que exerce atividade administrativa, estaria livre de qualquer perigo, não é verdade. Rechaçamos esse pensamento e por isso, preparamos um estudo detalhado que demonstra que o policial está sob a mira dos criminosos, a partir do momento em que é empossado”.
A presidente do TCDF foi bastante solícita, se mostrou solidária aos pleitos dos policiais e sugeriu que a comissão também visitasse os demais conselheiros. O presidente do Sinpol afirmou que isto será feito, pois os argumentos utilizados para o convencimento do Tribunal são muito técnicos e possuem embasamento. Ciro de Freitas finaliza reiterando que os policiais podem passar momentaneamente por algum cargo administrativo, mas que em algum ponto de suas vidas profissionais, atuaram na investigação e realizaram operações policiais e prisões, o que causa uma marca naqueles que estiveram atrás das grades. “Muito de nós já sofreram perseguições por parte dessas pessoas e não estamos livres do perigo quando desempenhamos funções burocráticas”, conclui.
O Sinpol informa ainda que contribuiu na elaboração da defesa dos policiais e já passificou entendimento para aqueles que tiveram suas aposentadorias questionadas no período em que estiveram lotados nas chefias das SAA, DITRAN, Academia de Polícia Civil e de acessoria da Polícia civil.
Também estiveram presentes na reunião os presidentes do Sindepo Benito Tiezzi, da Adepol, José Werick.