JORNAL DE BRASÍLIA
COLUNA DO ALTO DA TORRE
COBERTOR CURTO
Em função da possível pressão por aumento salarial de Policiais Militares e Bombeiros por todo o País, o GDF acredita que dificilmente o Palácio do Planalto irá autorizar qualquer aumento real nos salários brasilienses. Afinal de contas, aumentar diretamente os provimentos na capital abriria precedente para que outros estados fizessem o mesmo pleito. Um peso que o Governo Federal não quer sobre os ombros no momento. Uma alternativa em estudo pelo Buriti é aumentar o auxílio alimentação, que hoje é de R$ 450. Só tem um problema. A medida só valeria para a tropa em trabalho e não para os policiais da reserva. Hoje esta prevista uma assembleia da PM.
REGULARIZAÇÃO
As regiões do Arapoanga, Condomínio Alto da Boa Vista, Itapoã, Vivendas Lago Azul e Lago Sul I estão bem próximas da regularização. A informação é do secretário de Regularização de Condomínios Wellington Luiz. Mesmo assim, o secretário não esconde que sua permanência no governo é incerta devido a problemas internos. “Não quero sair. Aqui consegui ser um homem público na sua plenitude. Mas não ficarei se não conseguir dar a resposta que a sociedade espera de mim enquanto secretário”, afirmou.
POLÍTICA
ARAPONGAGEM
Caçada por outra frente
GDF cria comissão de delegados para investigar quebras de sigilos
Às vésperas da criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar asuposta existência de arapongas no Governo do DF e na Câmara Legislativa, o governador do DF, Agnelo Queiroz, decidiu criar uma outra comissão, com delegados da Polícia Civil (PC), para apurar as mesmas denúncias. No mês passado, a revista Veja mostrou que sargentos subordinados à Casa Militar acessaram dados pessoais de mais de vinte pessoas por meio do sistema do Ministério da Justiça, o Infoseg. E na última quarta-feira, o Jornal de Brasília revelou a quebra do sigilo telefônico de 300 aparelhos celulares de servidores e integrantes da cúpula do GDF, inclusive do governador.
A Comissão Especial foi formada para “acompanhar as investigações policiais e reunir informações sobre a prática de crimes contra a administração pública e acesso ilícitos à comunicação e dados telefônicos”, explica o texto. Serão cinco delegados, a mesma quantidade de deputados distritais indicados para compor a CPI da Arapongagem, no Legislativo. Os nomes dos parlamentares devem ser publicados hoje, no Diário da Câmara Legislativa. São eles: o líder do bloco do PT-PRB, Chico Vigilante (PT), o líder do bloco do PTB-PP-PR-DEM, Cristiano Araújo (PTB), Siqueira Campos (PSC), Luzia de Paula (PPS) e a oposicionista do PSD, Celina Leão.
Entre os delegados da Polícia Civil estará o diretor-geral da corporação, Jorge Luiz Xavier, que presidirá a comissão. Os titulares da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado do Distrito Federal (Deco) e da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública do Distrito Federal (Decap) também farão parte do grupo, ainda com o apoio do coordenador e do coordenador-adjunto da Inteligência e Estratégia da polícia, Fábio Souza.
CONFUSÃO
Segundo o porta-voz do GDF, Ugo Braga, as denúncias feitas não são concretas, pois confundem a consulta ao Infoseg, com consultas ilegais. O que a Casa Militar do DF teria feito, ao acessar os dados pessoais de dezenas de pessoas, até do vice-governador, Tadeu Filippelli, segundo Braga, “está dentro dos parâmetros legais”. “O grupo é para combater a arapongagem no DF de forma difusa, e não sobre um caso específico. Será uma força-tarefa”, explicou.
Por um período de quatro meses, um suposto araponga teria conseguido quebrar o sigilo telefônico de integrantes do GDF. Ardiloso, o homem apontado como araponga conseguiu, em apenas cinco ligações, obter todas as informações sigilosas da conta telefônica do Palácio do Buriti.
O Jornal de Brasília apurou que os dois aparelhos celulares passados pelo suposto araponga durante os contatos com a operadora pertenceriam a dois homens, um morador da cidade de Valparaíso, na Região Metropolitana do DF, e outro que vive em Salvador (BA).
COLUNA PONTO DO SERVIDOR
PMS E GDF SEM ACORDO
GDF e policiais militares não chegaram a um acordo e a categoria faz assembleia hoje, às 9h, na Praça do Buriti, onde votará a volta ou não da Operação Tartaruga. Os militares desejam tratamento salarial isonômico entre os órgãos da Segurança Pública do DF. O movimento dos policiais foi suspenso no mês passado, depois de mais de 30 dias de operação. Durante o período em que os policiais deflagraram o movimento, os índices de violência dispararam em toda a cidade.