168202Na tarde desta terça-feira (28) o presidente do Sinpol Ciro de Freitas, o vice Luciano Marinho e o diretor Rodrigo Queiroz estiveram na 6ª Delegacia de Polícia, a pedido dos servidores, para relatarem os graves problemas que estão ocorrendo naquela unidade, localizada no Paranoá, uma das maiores circunscrições do DF. A principal dificuldade informada pelos servidores é em relação ao baixo efetivo, o que tem causado grandes transtornos aos policiais, uma vez que tem de trabalhar em dobro para dar conta de toda a demanda.

Nos últimos três anos a delegacia vem perdendo cada vez mais servidores. De um total de 75, hoje são apenas 60 em atividade, pois nove encontram-se com restrições médicas, impossibilitando-os de desempenharem suas funções em plenitude, comprometendo as operações policiais e os serviços rotineiros.

Além do baixo efetivo e da sobrecarga de trabalho, a equipe ainda é responsável por uma região geográfica muito extensa. Um dos locais mais distante que atende, fica a 65 quilômetros, sendo 25 quilômetros de estrada de chão, ou seja, somente ida e volta são 130 km.

Somado a isso, a região onde está instalada a Delegacia conta com um índice muito alto de crimes, incluindo homicídios, o que agrava ainda mais a situação, pois a equipe que cuida dessas investigações está reduzida. Como cada caso gera uma grande demanda de procedimentos, a resolução demora um pouco mais.

Mesmo com todos os problemas, a DP tem conseguido elucidar praticamente todas as ocorrências, mas a custo da qualidade de vida e do adoecimento dos servidores.

“Realmente a situação é grave e vamos levar o caso à Direção Geral para ver se é possível que seja feito um redimensionamento de área ou ainda que haja aumento do número de policiais naquela delegacia para que possam atender a demanda. De outra forma, a DP caminha para um colapso”, avaliou o presidente do Sinpol.

“A administração deve intervir e vamos cobrar com intransigência, para que servidores tenham o mínimo de condições de trabalho”, afirmou o diretor Rodrigo Queiroz.

O vice-presidente Luciano Marinho acrescenta que “mesmo que o problema apresentado diga respeito à 6ª DP, é importante ressaltar que outras unidades da PCDF encontram-se na mesma situação e o Sinpol está atento a todas elas e pleiteado melhores condições de trabalho e aumento do efetivo”, conclui.

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