Nesta terça-feira (22), a OAB-DF divulgou em seu site, nota oficial sobre a greve na Polícia Civil onde pede que o Governo do Distrito Federal (GDF) cumpra o acordo que assumiu em abril deste ano, uma vez que os reflexos da greve são muito prejudiciais à população como um todo. O Sinpol parabeniza a entidade pela atitude e agradece o apoio que tem dado desde que entrou na discussão, uma vez que tem mantido portas abertas.
“A OAB-DF possui uma história de luta e conquistas e é reconhecida nacionalmente. Entendeu a legitimidade do nosso pleito, o que o GDF até hoje não fez. Nossas reivindicações não apenas pela recomposição das perdas salariais, mas sim pelo resgate da dignidade”, afirmou o presidente do Sinpol Ciro de Freitas.
A categoria está indignada também pela ausência do governador Agnelo Queiroz nas negociações: “Passados 34 dias de paralisações e movimentos de greve o chefe do executivo nunca se envolveu diretamente com o movimento. Atos simples que estão ao alcance do GDF e que não representam despesa, como o aumento do quadro e transformação do cargo de Agente Penitenciário não estão sendo efetivados”, argumenta Ciro de Freitas.
Diante disso, o Sinpol espera que o GDF se sensibilize e cumpra o acordo, assim como recomenda a OAB, que entendeu a necessidade de encerramento do movimento de greve. “A OAB como entidade representativa dos advogados se posiciona imparcialmente e pode fazer uma análise técnica, jurídica e até social da situação em que a Segurança Pública do DF se encontra”, finaliza o presidente.
Veja a nota divulgada pela OAB-DF:
A OAB/DF acompanha com muita preocupação a evolução do movimento grevista que atinge todas as carreiras da Polícia Civil e já pode ser considerado um dos mais longos da história do DF. Ante os nefastos reflexos para a população e para o desempenho do pleno exercício profissional da advocacia, a OAB/DF lamenta a incapacidade de negociação até agora demonstrada pelo Governo do Distrito Federal.
Os advogados e a população de Brasília aguardam ansiosamente que o GDF negocie de forma construtiva com as lideranças classistas, cumpra as promessas feitas em abril deste ano e, urgentemente, encontre uma solução para a greve.
Francisco Caputo
Presidente da OAB/DF