133115Centenas de Policiais Civis participaram na tarde desta quarta-feira (9) da carreata em protesto ao descaso do Governo do Distrito Federal e Governo Federal, em razão ao não cumprimento do acordo firmado com a categoria em abril deste ano.

A concentração teve início em frente ao Complexo da Polícia Civil, onde os veículos foram caracterizados com bandeiras e faixas, em seguida, foi em direção ao Ministério do Planejamento, local em que o presidente do Sinpol Ciro de Freitas pediu à ministra que valorizasse a categoria policial, pois o efetivo é o mesmo desde 1993 e a população necessita de Segurança Pública de qualidade.

“Só será possível combater a criminalidade com mais eficácia, quando houver um reconhecimento do nosso trabalho”, destacou Ciro de Freitas, acrescentando ainda que, em relação à transformação do cargo de agente penitenciário em agente de polícia, também não haverá prejuízo financeiro ao Estado, então não há porque a União interferir na decisão do GDF.

Já o diretor do Sinpol e presidente da Feipol, Divinato da Consolação, ressaltou que a população do DF está insegura em razão da greve da Polícia Civil, mas para que essa situação se reverta é necessário que o Governo Federal dê ao GDF a devida autonomia: “A PCDF é mantida pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal, então não cabe à União impedir a efetivação das propostas estabelecidas no documento que foi assinado pelo governador no início do ano”, afirmou.

Logo depois, os veículos trafegaram pelo Eixo Monumental até chegar ao Palácio do Buriti. No local, o presidente do Sinpol Ciro de Freitas cobrou do governador o cumprimento do acordo e explanou que o ato é pacífico, mas a categoria permanecerá no movimento de greve até que as reivindicações sejam atendidas. “Uma autoridade que não cumpre propostas estabelecidas em documento assinado por ele mesmo, corre o risco de perder sua credibilidade”, disse o presidente do Sinpol.

Já o vice-presidente Luciano Marinho parabenizou a categoria pela participação no movimento e reiterou que o momento não é de negociação: “Exigimos que o governador implemente o aumento do efetivo, a transformação do cargo de agente penitenciário, o plano de saúde subsidiado, o pagamento dos passivos financeiros, a publicação do decreto de progressão funcional e a recomposição das perdas inflacionárias em 13%, que são os itens acordados”, explicou Marinho.

Ao final, os representantes do Sinpol agradeceram a presença dos policiais e convocaram todos para a assembleia que acontecerá a partir das 15h, nesta quinta-feira (10), em frente ao Palácio do Buriti.

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