No primeiro dia de paralisação de 72 horas, conforme deliberado em assembleia no dia 11 de outubro, os policiais civis fizeram manifestação em frente ao Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde reivindicaram do GDF o cumprimento do acordo proposto em abril deste ano, incluindo a publicação do decreto de progressão funcional, a transformação do cargo de agente penitenciário, o aumento do quadro e recomposição das perdas inflacionárias em 13%, além do pagamento de passivos financeiros e a implementação do plano de saúde subsidiado.
Durante a movimentação que começou às 8h, foi feito um arrastão em todas as delegacias especializadas e ainda nas dependências do Instituto de Identificação, de Criminalística, IML, carceragem e direção-geral para que os policiais se juntassem ao movimento, reivindicando seus direitos.
Ainda durante o dia foi discutida a situação dos agentes penitenciários que contam com o apoio de toda a categoria contra a decisão judicial que determinou o retorno dos agepens ao sistema prisional. No ato ficou decidido que os servidores somente retornarão, se isso acontecer na totalidade, conforme a decisão. Nesse sentido, o Sinpol e Agepen enviaram ofício 239 à Direção da PCDF, Secretaria de Segurança e Sesipe com o resultado da deliberação de hoje e que os agepens retornarão ao sistema em bloco e independente de lotação ou situação funcional, incluindo cargos de chefia e carceragem do DPE.
“Como a ordem judicial prevê o retorno de todos indistintamente, entendemos que a Direção Geral não tem de criar paliativos ou meio termos. Se é para devolver, que seja feito em um único bloco. O problema é que com isso iremos pautar pelo fechamento de ao menos cinco unidades policiais, sob pena de provocar o absoluto colapso das atividades da PCDF”, afirmou o presidente do Sinpol, Ciro de Freitas.
Já o vice-presidente do Sinpol, Luciano Marinho argumenta que “é incompreensível que o Ministério Público proponha uma ação absurda que induza a Justiça a um erro indesculpável, e ainda desconsidere todos os argumentos que buscam resguardar a capacidade da PCDF e o direito dos agepens”.
O deputado Wellington Luiz que esteve na manifestação em vários momentos durante o dia, demonstrou extrema preocupação com as ações tímidas da direção da PCDF que não faz valer e cobrar os legítimos direitos dos policiais: “A administração precisa reagir na medida de sua competência. O momento é de demonstração de força e coragem para defender a instituição e os direitos dos agentes penitenciários que fizeram concurso público para PCDF e não para outro órgão”.
Diante dos fatos, o Sinpol informa que nenhum agente penitenciário deve atender o que determina os ofícios de apresentação individual, uma vez que conflitam com a decisão judicial.
O Sinpol convoca ainda todos os policiais a comparecerem ao segundo dia de manifestação em frente ao DPE, a partir das 8h. A diretoria recomenda ainda que ao chegar à entrada do Departamento que deixem evidente seus distintivos para facilitar o acesso.