Nesta quarta-feira (19), representantes do Sinpol estiveram presentes na 16ª DP para contrapor uma manifestação organizada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro) do DF contra a ação policial que visava localizar uma adolescente desaparecida.
No decorrer das investigações, os policiais tiveram que diligenciar a uma escola para colher dados que facilitassem a localização da desaparecida, quando uma orientadora pedagógica obstruiu as investigações se recusando a oferecer informações mínimas aos agentes acerca de uma testemunha que poderia levar à elucidação do caso investigado. Além disso, a orientadora desacatou e desobedeceu aos policiais civis no que culminou em lavratura de termo circunstanciado em desfavor da mesma. Apesar da negativa e obstáculos criados pela orientadora, os policiais conseguiram localizar a criança desaparecida e encaminhá-la ao lar.
A atitude enérgica e legal dos policiais está sendo desvirtuada pelos representantes sindicais dos professores que estão querendo dar publicidade e notoriedade política a determinados seguimentos da categoria e descuidam que a atitude da orientadora poderia ter culminado em prejuízo irreparável à família que aguardava com impaciência o retorno da criança ao lar
Baseado nisso, o Sinpol esteve na 16ª DP, onde representantes do Sindicato dos Professores do DF, com palavras ofensivas, impediam o acesso de pessoas ao pátio da delegacia, bem como tumultuavam o ambiente de trabalho dos policiais. No entendimento do Sindicato dos Policiais Civis, a orientadora deveria primar pela obediência às leis, o que não aconteceu quando ela obstruiu investigações que poderiam ter levado à localização da adolescente em um tempo mais curto.
Os agentes envolvidos no caso contam que localizaram a menor após informações de amigos dela. “Encontramos a menina exatamente na casa que a orientadora recusou a passar o endereço, se houvesse o apoio da escola, o caso teria elucidação com muito mais brevidade”, disse um dos agentes.
Os conselheiros tutelares de Planaltina, Valdir Castro e Ális Torres, ressaltam que a orientadora agiu em desacordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), quando ao tomar ciência do caso não notificou ao Conselho e aos familiares da menina. “O artigo 245 do Estatuto é claro ao dizer que o professor ou responsável por estabelecimento de ensino fundamental devem comunicar à autoridade competente os casos de maus-tratos que tenham conhecimento que envolve crianças ou adolescentes”, destaca Castro.
O conselheiro Ális Torres reitera ainda que: “No artigo 70 do ECA está exposto que é dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente e, a atitude dos policiais em colher informações para a localização da menor foi plausível, pois é um cumprimento do dever da profissão”, afirma.
Para o segundo vice-presidente do Sinpol André Rizzo causa estranheza a postura dos professores que compareceram à manifestação, haja vista que deveriam zelar pela segurança dos alunos. “A menina poderia estar em estado de risco, pois já havia informações de que ela estaria participando de raves, que são festas regadas a drogas e sexo e, se tratando de menor de idade caracteriza crime de estupro, então, a polícia precisava da colaboração da escola para localizá-la e os professores deveriam contribuir com isso, fato que não ocorreu”.
O presidente do Sinpol Ciro de Freitas destaca que os professores se apropriaram de uma situação pontual para buscar notoriedade contra quem cumpriu seu dever. “O Sindicato dos Policiais Civis será intransigente na defesa dos agentes que agiram dentro de todos os princípios da legalidade”, ressalta.