Tribuna do Norte

“Não temos [hoje] o levantamento completo [da tendência de votos dos
deputados]. Você tem de contar em cada partido. Vocês sabem que eu tenho
muito contato com os parlamentares, eu até telefono para os parlamentares. Se
tivermos 320 votos, acho que dá para ir para o plenário”, destacou Michel Temer.

Temer procurou mostrar que, apesar de não ter um prognóstico hoje, está seguro de que aprovará as reformas trabalhista e previdenciária no Congresso Nacional.

Ele disse acreditar que o PMDB fechará questão para obrigar seus deputados a
votarem a favor da reforma da Previdência e minimizou o impacto das críticas do líder da sigla no Senado, Renan Calheiros (AL). “O Renan agora já está comigo.”

O presidente disse condicionar o sucesso de seu governo à redução, até o fim de 2018, do número de desempregados. Segundo os últimos dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14,2 milhões de brasileiros estão nessa situação.

Embora avalie que a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência será
muito importante para a retomada do emprego, a derrota no Congresso de uma
ou outra não definirá o sucesso do mandato. “O meu principal objetivo é
combater o desemprego. Se não conseguir, aí sim você pode dizer que o governo
não deu certo. Não é por causa da Previdência.”

Temer ainda informou que, pelas projeções das áreas econômica e trabalhista, a retomada lenta do emprego deve começar no quarto trimestre deste ano.

Em relação ao papel que terá na disputa presidencial em 2018, ele disse que vai depender do êxito do governo. “Se eu estiver bem, é claro que todos virão me procurar em busca de apoio. Se eu estiver mal, ninguém vai querer se aproximar.”

Depois de lamentar mais uma vez a disputa política agressiva atual no País,
afirmou que já não se incomoda tanto com os movimentos que pedem a sua saída
do governo. “Aliás, ficou simpático este ‘Fora, Temer’. Eu acho que vou sentir falta.

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