DM- Política e Justiça

Governistas querem tempo para conseguir 330 votos favoráveis, são necessário 308

Com objetivo de conseguir mais votos, a base governista na Câmara dos Deputados quer jogar a votação da Reforma Previdenciária para o próximo mês de junho. Atualmente, a Reforma tem 250 votos favoráveis e são necessários 308, no mínimo, para ser aprovada. A intenção é angariar maioria no Plenário da Casa, entre 320 e 330 votos. “Nós temos três semanas mais ou menos para garantir 330 votos. O governo vai botar em votação quando tiver 330 votos”, explica o vice-líder do governo na Câmara Darnísio Perondi (PMSB-RS).

Proposta pela Emenda Constitucional nº 287/2016, a Reforma Previdenciária traz mudanças como a idade mínima para se aposentar – de 65 anos para homens e de 62 para mulheres tendo no mínimo 25 anos de contribuição – e o calculo do pedágio para requer a aposentadoria sobe de 30% sobre o tempo de contribuição para 50%. Além disso, conforme a proposta, para receber o valor integral da aposentadoria serão necessário 49 anos, após 25 anos de contribuição o trabalhador terá direito a 70% do valor de todos os salários desde 1994.

De acordo com o líder do PSDB, deputado Ricardo Tripoli (SP), há ainda 11 medidas provisórias para serem debatidas. “Elas precisam obviamente ser discutidas e votadas em Plenário. E, em seguida, a avaliação das bancadas é que vai dar o tom da data de votação desta medida. Obviamente, ainda existem possibilidades de alterações em Plenário. Os deputados podem apresentar destaques, emendas… Eu acho que é um longo caminho a percorrer ainda”, disse Tripoli.

O deputado André Fiqueiredo (PDT-CE), vice-líder do PDT, acredita que a situação atual da proposta na Câmara é positiva para o oposição em relação à Reforma da Previdência e fala da importância da pressão popular. “É indispensável que a população brasileira se mobilize porque a pressão que está vindo por parte do governo, individual, em cima de cada parlamentar: oferecendo cargos, ameaçando tirar emendas parlamentares ou oferecendo mais; é algo vergonhoso”, informa.

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