Foi apresentada à diretoria uma série de queixas contra a atual chefia da unidade (Fotos: Lucas Ribeiro/Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

Dando continuidade ao projeto de visitas às unidades da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), intensificado desde o início da nova gestão, a diretoria do Sinpol-DF esteve na tarde desta segunda, 5, na 33ª Delegacia de Polícia (DP), em Santa Maria.

Durante a visita, o Sindicato recebeu uma série de reclamações de vários policiais civis contra a chefia da unidade. Além de denunciarem possíveis perseguições, os profissionais relataram que o clima na unidade está muito ruim.

Estiveram na delegacia o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, além do vice-presidente Paulo Roberto, a diretora de Assuntos Sindicais, Marcele Alcântara, o adjunto da pasta, Jackson Dantas, o diretor de Administração, Marcos Campos, o diretor de Comunicação-adjunto, Thallys Mendes, e o diretor Jurídico, Fernando Ferreira.

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Entre as situações trazidas pelos policiais, foi abordada a remoção de um agente de polícia que atua na 33ª DP e já foi transferido para outra unidade. Há também a expectativa de que o mesmo ocorra com um segundo policial, que mantêm a lotação por estar de férias.

Questionado pelos diretores do Sinpol-DF, o delegado justificou o procedimento alegando que o policial transferido havia manifestado interesse de não trabalhar mais na unidade – versão negada pelo agente. Afirmou ainda que não há previsão de transferência do outro policial.

Para evitar situações como essa, o Sindicato vem reivindicando, há anos, que seja instituído o Concurso de Remoções no âmbito da PCDF. No entanto, o diretor-geral da instituição, Eric Seba, reiteradamente, têm se negado a avançar com o pleito – mantendo assim a cultura das remoções injustificadas por retaliação.

Os diretores ouviram os policiais e discutiram as questões com o próprio delegado-chefe

QUEIXAS

As reclamações ressaltadas pelos policiais da delegacia de Santa Maria incluíam ainda a determinação do delegado para que as solicitações do Ministério Público (MP) fossem agilizadas por telefone.

Segundo o gestor, o que ele teria dito é que, com o foco na agilidade, os policiais poderiam receber as ligações do MP, mas que as solicitações deveriam, em seguida, ser formalizadas via e-mail institucional e que as informações só poderiam ser fornecidas da mesma forma – institucionalmente, por meio de correio eletrônico.

Outro ponto de controvérsia foi a possível instalação de câmeras na unidade. O delegado-chefe, entretanto, alegou que o MP ofereceu os equipamentos, por meio de um fundo originado das fianças judiciais, e que ficariam apenas na parte externa da delegacia, onde são mantidos os carros apreendidos. Segundo ele, a ideia das câmeras foi dada por um policial, mas não pôde ser concretizada por conta das dificuldades de manutenção por parte da PCDF.

Foi também questionado o banco de horas em razão do curso de progressão. O delegado explicou que a compensação de horário de curso ainda não foi regulamentada pela instituição e, nesse caso, os policiais devem, após o curso, retornar às suas bases para concluírem a jornada de trabalho.

Os profissionais relataram ainda a solicitação de uma escolta de preso sem a documentação pertinente, colocando-os em risco de responder legal e administrativamente pela ação, que nesse caso, foi revista.

Durante a visita, os diretores do Sinpol-DF frisaram, ainda, a importância de os policiais civis permanecerem mobilizados e trabalhando dentro da estrita legalidade. Na ocasião, também foram escolhidos os dois representantes sindicais da unidade.

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