Representantes trouxeram sugestões para ampliar adesão à “PCDF Legal” (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

Diretoria e representantes sindicais se reuniram na última terça, 17, na sede do Sinpol-DF, para discutir a conjuntura das reivindicações dos policiais civis.

O primeiro ponto foi a manutenção da isonomia com a Polícia Federal, assunto que encontra resistência no governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que se mantém insensível às necessidades da categoria.

A diretoria detalhou o trabalho realizado durante todo o fim do ano passado e já no início de 2017, sobretudo a articulação política nas câmaras Legislativa e Federal.

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“Nós estamos cobrando o posicionamento do GDF; batendo em todas as portas. Este governador elegeu o servidor público como inimigo. Mas essa é uma luta pela nossa categoria, pela nossa dignidade e futuro, então não podemos desistir”, enfatizou o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”.

Em um segundo momento da reunião, o assunto foi a Reforma da Previdência Social, proposta pelo governo federal por meio da PEC 278/16 e que se tornou uma ameaça ao direito histórico da aposentadoria policial.

O Sinpol-DF também tem atuado de maneira incansável nessa frente desde que o assunto começou a tomar corpo, acompanhando reuniões e mobilizações junto com outras entidades representativas dos servidores da Segurança Pública e de outras categorias.

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Ainda nesse âmbito, a diretoria reforçou a convocação para o “Dia Nacional em Defesa da Aposentadoria dos Profissionais de Segurança Pública”, ato de manifestação que ocorrerá no dia 8 de fevereiro, às 13h30, em frente ao Ministério da Justiça e Congresso Nacional.

PCDF LEGAL

Já sobre a “PCDF Legal“, iniciada há sete meses, as discussões giraram em torno das estratégias que devem ser adotadas nos próximos meses para manter os policiais civis engajados na mobilização.

Os representantes sindicais apresentaram suas percepções sobre aspectos do movimento que julgam demandar um reforço ou modificação.

Eles também apresentaram sugestões para fortalecer e ampliar a adesão à operação.

Desde o início da “PCDF Legal”, a produção na Polícia Civil foi reduzida em 70% (prisões em flagrante, mandados, etc). Isso chamou a atenção do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que colocou o Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) para acompanhar a operação.

O consenso, porém, é de que não há o que reprimir na “PCDF Legal” porque ela é fundamentada em práticas legais.

“O nosso objetivo é continuar trabalhando na “PCDF Legal” porque não há motivo algum para arrefecer o movimento. A condição precária da Polícia Civil não permite isso. É preciso haver uma mudança de cultura dentro da instituição e esse movimento deve perdurar”, frisou Paulo Sousa, secretário-geral do Sinpol-DF.

ASSÉDIO E PERSEGUIÇÃO

Novamente, os representantes sindicais voltaram a relatar casos de assédio moral e perseguição em unidades onde o engajamento em torno da operação é maior.

Nesse aspecto, o advogado Ronald Barbosa Filho, do escritório Machado Gobbo Advogados, que presta Assessoria Jurídica ao Sinpol-DF, prestou esclarecimentos e fez orientações.

Ronald apresentou, ainda, a linha de ação a ser adotada pelos advogados do sindicato para agir frente à essas questões.

“A ideia é tentar auxiliá-los para que haja uma diminuição efetiva dos casos de assédio na Polícia Civil. Esse tipo de pauta é importante porque abre espaço para outras discussões [emperradas] dentro da corporação, como a pauta da regulamentação das remoções, o que impede que este recurso seja usado como punição”, explicou o advogado.

ENGAJAMENTO

Ficou acordado, ainda, que a diretoria continuará visitando as unidades para esclarecer dúvidas e buscar um retorno da categoria sobre a operação, a fim de otimizá-la.

“Nós devemos permanecer no movimento e fortalecê-lo, pois, temos que trabalhar com estratégia e comprometimento dos policiais para mudar a postura deste governo. É preciso, contudo, coragem e engajamento nas unidades”, defendeu Gaúcho.

“Precisamos, de uma vez por todas, ter em mente que essa operação mexe com a estrutura da Polícia Civil. Por muitos anos, o trabalho de excelência desenvolvido por nós, e que levou a instituição a ser reconhecida internacionalmente, não era valorizado. Faltava reconhecimento a quem executava e é isso o que desejamos, hoje”, acrescentou Paulo Sousa.

Ao encerramento, a diretoria reiterou a importância da participação da categoria na assembleia convocada para quinta-feira, 19, às 14h, no Clube da Agepol, quando serão escolhidos os integrantes da Comissão Eleitoral.

O grupo eleito vai organizar e acompanhar a eleição da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal do Sinpol-DF para o triênio 2017/2020.

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