Da Comunicação Sinpol-DF

Representantes do governo e sociedade civil irão compor o conselho (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)
Representantes do governo e sociedade civil irão compor o conselho (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Em solenidade realizada na manhã desta quinta, 8, na sede do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), foi realizada a posse dos 60 novos integrantes do Conselho Distrital de Segurança Pública (Condisp).

O Sinpol-DF integrará o colegiado com a participação do presidente, Rodrigo Franco “Gaúcho”, e da segunda vice-presidente, Marcele Alcântara, como titulares. Por sua vez, os diretores de Cultura e Esporte, Marcelo Ferreira, e o de Políticas Sindicais adjunto, Alexandre Rocha, foram empossados como suplentes.

Parte do grupo que compõe o Condisp será formada por representantes de sindicatos, entidades da sociedade civil e Conselhos Comunitários de Segurança – todos com seus respectivos suplentes. Servidores de várias áreas do Executivo completam o colegiado, com integrantes das Polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e do Detran-DF.

Quatro diretores do Sinpol-DF representarão a categoria no Condisp
Quatro diretores do Sinpol-DF representarão a categoria no Condisp

Também serão representadas as secretarias de Infraestrutura e Serviços Públicos; de Educação; de Saúde; Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos; de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude; Justiça e Cidadania; e da Casa Civil.

FINALIDADE

O Condisp, que é uma das principais frentes do programa “Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida”, foi criado em novembro do ano passado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), mas só agora saiu do papel.

O colegiado, que se reunirá pela primeira vez na próxima quinta, 15, tem a função de formular políticas, acompanhar gastos, sugerir alterações na legislação e propor estudos e ações para a Segurança Pública do DF.

Para Gaúcho, a qualidade da Segurança Pública também passa pela valorização dos policiais civis

O presidente do Sinpol-DF ressalta, por outro lado, que grande parte das falhas atuais, bem como as estratégias possíveis para a área já são conhecidas, e inclusive têm sido cobradas pelo Sindicato. “Na verdade, as melhorias esbarram na atuação do GDF, que apresenta a Segurança Pública como prioridade de investimento apenas no discurso, mas não na prática”.

Gaúcho lembra ainda que é preciso motivar os operadores de Segurança Pública e que, hoje, há um grande clima de insatisfação em razão da desvalorização profissional. “O trabalho dos policiais civis sempre resultou em altos índices de prisões e apreensões ao longo dos últimos anos, muitas vezes custando até a saúde desses profissionais. Para que isso não seja perdido, no entanto, é preciso uma contrapartida do Estado, que não tem acontecido”.

HOMENAGENS

Servidores das diversas forças de segurança foram homenageados ao fim da solenidade
Servidores das diversas forças de segurança foram homenageados ao fim da solenidade

Durante a solenidade de posse, servidores de diversas instituições também foram homenageados pelo trabalho exemplar em prol da segurança pública no Distrito Federal.

Entre os policiais civis, foi destacada a atuação dos agentes de polícia Jeferson Moraes Furtado, Andrea Rodrigues Anholete, Maria de Lourdes Fortuna Sampaio, Gaspar Vieira de Souza, Poliana Freitas Araújo, Luiz Eduardo Passos Ximenes, Denise Freitas Montezuma Lessa e Marlos Vinícius Barbosa do Vale.

Todos eles foram selecionados por terem feito parte de programas que resultaram na diminuição dos crimes nas regiões em que trabalham. Marlos, por exemplo, foi escolhido pela participação em operações de combate a gangues em Planaltina, nos anos de 2014 e 2015. Em virtude dessas operações, em 2015, a 31ª Delegacia de Polícia (DP) registrou o menor índice de homicídios de sua história.

O agente de polícia pondera que, apesar desse reconhecimento, ele se diz receoso com a possibilidade de os resultados positivos serem perdidos. “Dentro da nossa realidade de baixo efetivo e desvalorização, está cada vez mais difícil atuar”, adverte Marlos, acrescentando que o trabalho realizado nos últimos dois anos está sendo descontinuado diante da falta de investimentos na área.

Entre os homenageados, Marlos e Denise criticaram a falta de investimentos na Polícia Civil
Entre os homenageados, Marlos e Denise criticaram a falta de investimentos na Polícia Civil

A agente de polícia Denise Lessa, atualmente lotada na Seção de Atendimento à Mulher (SAM) da 16ª DP, em Planaltina, também traz um posicionamento semelhante. “Nós ficamos muito contentes com esse reconhecimento ao trabalho bem qualificado que a equipe desenvolve. No entanto, é um grande esforço, pois temos que lidar com problemas sérios de estrutura e efetivo, que tornam o trabalho bastante complicado, especialmente em uma delegacia tão demandada como a nossa”, pontua.

“Nós, que lutamos por uma cidade mais tranquila, ficamos muito preocupados com essa falta de atenção do poder público em relação à Polícia Civil, até porque os índices na cidade pioraram nos últimos meses. Sem investimento em investigação, inteligência policial e na atuação plena da Polícia Judiciária, não há programa de segurança pública que resista”, acrescenta Marlos.

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