Ato no Compexo da PCDF - 14.09.16

Da Comunicação Sinpol-DF

Os policiais civis do Distrito Federal, convocados pelo seu sindicato, o Sinpol-DF, realizaram na quarta-feira, 14, uma manifestação no Complexo da Polícia Civil do DF.

O encontro teve como objetivo denunciar a situação de sucateamento da instituição, especialmente no que se refere ao déficit no efetivo e as consequências disso para a sociedade.

O grupo também exigiu a publicação das atribuições atualizadas e do concurso de remoções, que estão parados na Direção Geral da PCDF aguardando o envio para publicação há muitos meses , além de um posicionamento mais contundente do diretor-geral Eric Seba em favor da categoria e da instituição.

Ao iniciar o ato, o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, afirmou que atualmente, a maioria das unidades opera com três ou quatro policiais, número que tem impedido o exercício da principal atividade da PCDF, a investigação.

Com isso, o aumento dos índices de criminalidade é inevitável; o registro de ocorrências em um número cada vez maior tem sobrecarregado a categoria.

“Essa sobrecarga gera consequências para a sociedade, como o atraso nas investigações e nos registros de ocorrência, além de culminar no adoecimento físico e mental dos policiais civis”, explicou “Gaúcho”.

MOBILIZAÇÃO

O sindicato já vem há muito defendendo a adequação do horário de funcionamento das delegacias.

Desde o início da operação “PCDF Legal”, deflagrada há dois meses, essa reivindicação ficou ainda mais evidente a fim de pressionar o governo a atender os pleitos da categoria, sobretudo, a manutenção da isonomia com a Polícia Federal.

“Nós estamos mobilizados, insatisfeitos e vamos enfrentar esse governo sem problema nenhum porque essa é uma luta pela nossa dignidade”, acrescentou Gaúcho.

Outros diretores aproveitaram a ocasião para reiterar a importância de os policiais se manterem mobilizados, seguindo as orientações da cartilha da “PCDF Legal”. Eles também manifestaram repúdio à remoção do representante sindical da 24ª Delegacia de Polícia, interpretada como uma retaliação à atividade de representação sindical do policial no curso da operação, pois não houve qualquer justificativa para essa transferência de lotação.

Para evitar situações como essa é que a implantação de um concurso de remoções é necessária, defenderam os diretores e sindicalizados que se manifestaram no ato. “É inadmissível que um representante tenha sido removido por causa de um movimento onde as categorias estão unidas”, criticou “Gaúcho”.

NEGOCIAÇÕES

Paulo Sousa, secretário-geral do Sinpol-DF, relatou um encontro inesperado que ele e a vice-presidente Marcele Alcântara tiveram com o governador Rodrigo Rollemberg na última terça, 13, na Câmara dos Deputados.

Ao ser indagado por ambos sobre o envio da mensagem, Rollemberg repetiu o discurso das dificuldades financeiras do GDF. “Nós respondemos que caso a paridade de índices e datas não ocorra, nós estaremos em guerra até 2018. Nós temos que estar mais unidos e fortes nessa luta porque ela é justa e não podemos retroceder”, argumentou Paulo.

Os diretores de Políticas Sindicais adjunto, Fernando Ferreira, e de Administração e Planejamento, Marcos Campos, também discursaram sobre a motivação da categoria. Ambos destacaram a importância de os policiais se manterem firme, pois as negociações podem se arrastar por mais tempo que o esperado.

Ainda no âmbito das negociações, a categoria foi informada de que os deputados distritais aprovaram a convocação de uma audiência pública sobre o uso indevido que o GDF tem feito do Fundo Constitucional.

O evento, resultante da atuação direta do Sinpol-DF por meio de um grupo de policiais civis da ativa e aposentados que buscaram apoio na Câmara Legislativa, ocorre na próxima quinta, 22, no auditório da casa.

Foram convocados representantes do GDF, do Tribunal de Contas do DF (TCDF), do Tribunal de Contas da União (TCU), do Sinpol e do Sindepo-DF.

DELEGACIAS

Terminados os discursos, um grupo de diretores seguiu até a Direção Geral da PCDF, onde foi recebido pelo diretor-geral adjunto Cícero Vasconcelos e pelo diretor de Polícia Circunscricional, Josué Ribeiro.

Ambos confirmaram o fechamento das delegacias circunscricionais a partir das 19h. A medida começou a ser adotada já na quarta. As unidades passarão a funcionar, portanto, do meio-dia às 19h e apenas de segunda à sexta-feira.

Depois desse horário, o cidadão deverá se encaminhar às delegacias que funcionam como Centrais de Flagrante (Ceflags): 1ª, 5ª, 6ª, 13ª, 20ª, 21ª, 23ª, 29ª e 31ª. A 18ª DP, de Brazlândia, é a única que continuará funcionando normalmente devido a distância de uma Ceflag. No total serão 21 delegacias com funcionamento restrito.

“Essa é uma medida da administração da Polícia que, segundo eles, tende a fortalecer o atendimento nas Ceflags. As demais continuarão com efetivo suficiente para garantir a segurança das unidades e dos profissionais”, informou Gaúcho.

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