Diretoria discute reivindicações com representantes sindicais

Da Comunicação Sinpol-DF

A diretoria do Sinpol-DF se reuniu mais uma vez com os representantes sindicais nesta quinta, 12, para voltar a discutir os assuntos pendentes do encontro da semana passada.

Discutiu-se sobre a assembleia de prestação de contas e de elaboração do orçamento para o próximo ano fiscal do Sindicato, a filiação do Sinpol-DF à federações e confederações, além de assuntos relacionados às condições de trabalho dos policiais.

O presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, destacou a importância de os representantes provocarem os policiais civis da base a participar do processo de discussão do orçamento do Sindicato. A assembleia para isso já tem data: será dia 31 deste mês.

“É importante que todos participem dessas discussões, levando sugestões de onde devemos investir o dinheiro da melhor maneira: se em campanhas de valorização do policial civil, como temos feito nos últimos anos, ou em outras áreas como eventos e festas para a categoria”, comentou.

Ele lembrou que na assembleia, além do orçamento, haverá a prestação de contas do último ano. Na assembleia, quando tratarmos sobre a previsão orçamentária, será o momento de escolher se haverá um baile tradicional, uma festa show ou um churrasco com música ao vivo, por exemplo para o final do ano.

SISTEMA FEDERATIVO

A diretoria também levantou o debate sobre a filiação do Sindicato a uma federação e a uma confederação. Gaúcho lembrou que, por decisão unânime da categoria, o Sinpol-DF se desfiliou da Feipol-CON logo no início da atual gestão por causa da falta de representatividade e legitimidade.

O presidente do Sinpol-DF destacou as vantagens de haver representatividade efetiva nos pleitos que envolvem a categoria policial civil no Congresso Nacional, em temas como unificação de polícias, ciclo completo, acesso único nas carreiras, valorização, entre outros tantos temas relevantes, mas lembrou que isso precisa de aprovação da categoria. Ele lembrou que servidores de outras forças da Segurança Pública, como bombeiros e policiais militares, são mais organizados nesse sentido e que, portanto, os policiais civis deveriam seguir o mesmo caminho tendo uma Federação ou Confederação para os representar.

“Temos que defender de forma mais contundente nossos interesses. Há propostas no Congresso que mexem diretamente em conquistas históricas da nossa categoria e que, sozinho, um sindicato não tem a mesma força que uma federação ou confederação”, explicou Gaúcho.

A proposta é que o Sinpol-DF se filie a uma confederação ou una esforços para a fundação de uma nova federação. Vários sindicatos se desfiliaram da Feipol-CON – que, atualmente, não tem sindicatos das regiões que, em tese, diz representar.

OUTROS SINDICATOS

A criação de sindicatos para representar cargos que estão dentro da estrutura da Polícia Civil e, portanto, são representados pelo Sinpol-DF também foi um assunto abordado na reunião.

A criação do Sindicato dos Peritos Criminais, explicou Gaúcho, é uma ação que iniciou-se em 2014, ou seja, antes da atual diretoria assumir a gestão do Sinpol-DF; já o que pretende juntar os agentes policiais de custódia é um movimento mais recente, iniciado há cerca de duas semanas.

A diretoria entende, segundo Gaúcho, que essa separação só tende a enfraquecer a categoria. Esse posicionamento já foi defendido pelo Sinpol-DF por diversas vezes. “A fragmentação diminui o poder e a representatividade”, afirmou o presidente do Sinpol-DF.

Ele alertou, porém, que não há consenso nem mesmo entre os servidores dos cargos e reafirmou que o Sindicato tem se dedicado a todas as categorias. “Acredito que esse movimento separatista pode ter, por trás, uma federação que já não nos representa e quer tentar se legitimar, por meio de sindicatos fragmentados a partir do Sinpol/DF”, completou Gaúcho.

Dois representantes sindicais dos cargos manifestaram suas opiniões. Rodolfo Silva, perito criminal, explicou que a criação do sindicato atende ao desejo por autonomia do cargo e segue uma tendência real em 17 estados brasileiros.

O agente policial de custódia Abinael confirmou que a criação do sindicato para esses servidores não é consenso e que a maioria “rechaça a proposta”. “Não soubemos de nada oficial, mas o pensamento é permanecer no Sinpol-DF; essa não é a hora de fragmentar a categoria”, defendeu.

Gaúcho salientou, porém, que o Sinpol-DF vai convidar os articuladores desses novos sindicatos para discutir o assunto.

OUTROS ASSUNTOS

Os representantes também fizeram questionamentos e receberam esclarecimentos sobre a progressão da turma de 2006 (link), sobre as horas de curso na Academia de Polícia serem computadas como horas de trabalho, a adesão à Geap (link) e às dificuldades enfrentadas pelos policiais que trabalham nas delegacias causadas, sobretudo, pelo déficit no efetivo.

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