Jose Donizete Roberto - Paulo Cabral (2)
José Donizete tem no caminhão, que havia sido furtado, o único meio de sustentar a família (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

A emoção do motorista José Donizete Roberto ao recuperar na última segunda, 18, o caminhão furtado havia um mês, contagiou a todos os policiais civis da 32ª Delegacia de Polícia (DP), localizada em Samambaia Sul.

Além de gratidão pelo trabalho dos policiais, a alegria se justifica porque o veículo é o único instrumento de trabalho e meio de sustento de Donizete. Até receber a notícia de que o teria de volta, os únicos sentimentos eram de agonia e incerteza – além da impotência que todo cidadão vítima de algum crime sente. O veículo foi retirado por ele do pátio da DP, após os trâmites legais, nesta terça, 19.

O motorista recebeu o caminhão de volta na última terça, 19
O motorista recebeu o caminhão de volta na última terça, 19

O caminhão de Donizete foi furtado da QN 11, em Taguatinga, onde ele mora com a esposa e dois filhos. “Parei para fazer o pagamento de uma bateria e, em cinco minutos que me afastei, alguém veio e o levou.

Quando voltei e percebi o que tinha acontecido, a boca ficou seca e eu não aguentei. Para mim, foi a maior perda que eu já tive na face da terra; eu não tenho condições de comprar outro”, afirma.

No mesmo dia, o motorista prestou queixa na 17ª DP, em Taguatinga. Nesta segunda, trinta dias depois, veio a boa notícia. “Fiquei alegre demais. Eu não sabia se eu abraçava os policiais. Minha esposa, que estava doente, até melhorou. Foi bom demais ter achado”, comemora, mais uma vez.

Equipe da 32ª DP recuperou o veículo durante operação
Equipe da 32ª DP recuperou o veículo durante operação

A reação do caminhoneiro, que estava com os filhos no momento em que o veículo foi encontrado (um deles chegou a chorar de emoção), foi tão comovente que os policiais registraram em vídeo. A gravação circulou entre os grupos de whatsapp dos policiais civis e gerou grande repercussão – principalmente por ocorrer às vésperas do Dia do Policial Civil, comemorado nesta quinta, 21.

OPERAÇÃO

Luciano Matias entrega as chaves para Sr. Jose Roberto - Paulo Cabral (2)
Donizete agradeceu pessoalmente aos policiais civis pelo trabalho

O caminhão de Donizete foi encontrado após uma operação das equipes de policiais civis da 32ªDP em um galpão localizado às margens da BR 060, no Recanto das Emas. A suspeita é de que o local funcione como um desmanche de veículos, de acordo com o agente de polícia Luciano Matias, que participou da ação com mais seis colegas da unidade.

“Nós tínhamos a informação de que havia outros veículos lá, mas só encontramos ele. O caminhão já estava com placa adulterada, de um mais novo, ano 2002; esse é 2000”, informa. Segundo ele, provavelmente o caminhão seria vendido em uma das cidades vizinhas ou ficaria pela zona rural, pois a placa trocada poderia inviabilizar o reconhecimento. Por ora ninguém foi preso, mas as investigações continuam.

Quando o veículo foi encontrado e, depois de uma verificação, houve a constatação de que se tratava do caminhão de Donizete, ele foi chamado pelos policiais para levar a chave reserva, pois o volante estava travado. “A sensação é de satisfação; de dever cumprido. Ontem, nós ganhamos o dia em ver a felicidade, não só dele, mas dos filhos que o acompanhavam. Nós percebemos que o caminhão realmente estava fazendo falta para eles, pois era o ganha-pão”, diz Matias.

Dário Freitas, outro agente de polícia que participou da operação, também comemorou o resultado. “Essa gratidão que ele demonstrou não tem preço. É muito bom ver a alegria desse pai de família”, afirma.

O reconhecimento de Donizete representa um alento para os policiais civis, pois atesta, mais uma vez, que eles não fogem à responsabilidade que lhes cabe. Mesmo enfrentando problemas decorrentes do baixo efetivo e da jornada excessiva de trabalho, eles continuam dando o sangue pela população.

Na 32ªDP essa situação não muda: a operação que descobriu o desmanche mobilizou policiais civis de todas as equipes da Delegacia . “Não tem como uma única seção tentar realizar um trabalho desse, porque não sabíamos quem estava no local. Não sabíamos o que nos esperava também. Nessas situações, a gente mobiliza todo o efetivo da delegacia, que é baixo, mas a gente vai preparado”, revela Matias.

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