Cerca de 90 papiloscopistas participaram da confraternização (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Na última sexta-feira, 28, os papiloscopistas formados na Academia de Polícia Civil em 1995, há vinte anos, reencontraram-se para celebrar a data em um evento no clube da Ases, no Setor de Clubes Sul.

A iniciativa partiu dos profissionais, que organizaram a comemoração por conta própria. Mais de 90 peritos papiloscopistas – de 150 formados naquele ano, a maior turma que a Polícia Civil do DF já teve – participaram.

Uma das organizadoras do evento, Gilma Bomtempo conta que a ideia surgiu de um desejo conjunto de reencontro, face ao grande número de colegas que devem se aposentar nos próximos meses.

“Resolvemos juntar um grupo e realizar esse sonho dos colegas, neste ano em que completamos vinte anos de Academia. Ano que vem, quando completarmos vinte anos de posse, muitos já estarão aposentados, por isso resolvemos antecipar um pouco e fazer essa confraternização que tem cara de despedida”, explica.

Gilma se refere à previsão de que mais de 80 papiloscopistas formados em 1995 se aposentem até o fim de 2016. Muitos papiloscopistas dessa turma, inclusive, já estão aposentados, mas fizeram questão de comparecer à comemoração.

Segundo ela, localizar os policiais e entrar em contato com o maior número de colegas possível exigiu meses de dedicação da equipe organizadora, mas o esforço valeu a pena. “Todos já queriam realizar esse evento há muito tempo, é muito gratificante ver os colegas aqui”, conta Gilma.

Confira o vídeo:

RECORDAÇÕES

Celma Lima, papiloscopista e primeira secretária do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), acredita que esses profissionais têm um espírito mobilizador que viabiliza a execução de eventos como esse. “Os papiloscopistas são muito organizados, estão sempre em movimento e realizando algum evento. Assim estamos comemorando 20 anos de amizade, permeada pelo respeito ao trabalho e pelo amor à profissão”, destaca.

A festa também contou com um cantinho de recordações, organizado com itens do época que a turma iniciou a carreira
No cantinho de recordações, foram expostos itens do época em que a turma iniciou a carreira na PCDF

Além de muita música, comida e animação, a equipe organizadora pensou em todos os detalhes para tornar o evento especial. Em frente ao salão principal, foi montado um memorial com fotos e documentos do tempo de Academia, imagens dos momentos de aula e aplicação de provas, e com direito, inclusive, a máquina de datilografia e materiais de trabalho utilizados na época que entraram na PCDF.

Todo o espaço foi decorado com a temática pericial e, na parede, projetadas fotos antigas dos colegas e depoimentos dos professores que deram aula para a turma na Academia de Polícia, e que guardam um carinho especial pelos policiais formados.

Madalena Reis, uma das diretoras do Sinpol-DF e também uma das idealizadoras da festa, conta que tudo foi pensado para receber com carinho aos amigos que, mesmo depois de 20 anos, mantiveram intactos os laços de amizade. “Durante todo esse tempo estivemos juntos, e permaneceremos ainda mais juntos daqui para frente” diz.

UNIÃO DOS COLEGAS

 papiloscopistas participaram da confraternização (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)
A festa também serviu para garantir o encontro de todos, já que parte da turma se aposenta nos próximos meses

Para Claudionor Viana, foram as dificuldades, inclusive para uma turma tão grande conseguir entrar na Polícia, que uniram ainda mais a categoria. “Nos unimos pela dificuldade e nos tornamos uma grande família. É muito bom renovar esses laços e matar a saudade dos colegas”, diz.

José Filho Soares Rocha, também papiloscopista formado em 1995, considera o encontro um momento muito especial para rever os colegas que trabalham em pontos distantes do DF, e com os quais não tem a oportunidade de manter contato diário, já que o Instituto de Identificação é muito extenso.

Ainda segundo José, em momentos como esse, os papiloscopistas aproveitam a intimidade e parceria que construíram para conversar sobre a própria categoria e o que ainda precisam alcançar. “Estamos aqui para confraternizar, mas também para nos unirmos ainda mais em torno daquilo que almejamos”, destaca.

RECONHECIMENTO

Além de muita música, os participantes se divertiram relembrando
Os participantes se divertiram relembrando a época da Academia de Polícia e dos primeiros anos de trabalho

Essa também é a opinião de Madalena. Para ela, a união da categoria é essencial para que em um futuro próximo, os papiloscopistas sejam reconhecidos como peritos oficiais.

“Nosso próximo pleito é ser reconhecido como perito oficial. E vamos conquistar esse direito com a mesma garra que demonstramos no cotidiano. Isso aqui é só uma pequena demonstração do que fazemos no dia-a-dia, no trabalho, nas nossas lutas por reconhecimento, daquilo que já é uma realidade de fato, mas não de direito, reconhecido na lei”, assegura.

Para Celma, ainda que problemas como a falta de efetivo, que hoje assola a PCDF seja grave, a categoria lutará, como sempre fez, por padrões de trabalho mais dignos.

“Nós somos muito comprometidos com o que fazemos. Desde que entramos, assumimos funções importantes e enfrentamos muito desafios. Isso permanece. Em 1995, assumimos um instituto com as mesmas dificuldades que hoje a Polícia Civil vivencia em relação à falta de efetivo”, afirma a 1ª secretária.

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