Mesmo com a alteração de horário, adesão dos policiais continua abaixo das expectativas (Foto: Paulo Cabral/Sinpol-DF)
Mesmo com a alteração de horário, a adesão dos policiais continua abaixo das expectativas (Foto: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Para apresentar as contas do exercício de maio de 2014 a abril de 2015, o Sindicato dos Policiais do Distrito Federal (Sinpol-DF) convocou a categoria para Assembleia Ordinária de Prestação de Contas nesta quinta-feira, 28. Mas a adesão dos policiais, ao contrário do esperado, foi muito baixa.

Primeiro a se manifestar, Paulo Roberto Sousa, 1º secretário do Sinpol-DF, explicou que horário da assembleia de prestação de contas, que costumeiramente acontecia pela manhã, foi mudado para o período da tarde para que mais policiais pudessem participar. Mesmo assim, poucos compareceram.

Segundo ele, por sua importância, a assembleia de prestação de contas deveria mobilizar toda a categoria. “Precisamos da participação de todos, especialmente nessa assembleia de prestação de contas, que informa à categoria como seu dinheiro está sendo gasto. Esse auditório deveria estar lotado, repleto de policiais”, disse.

APROVAÇÃO DA DIRETORIA

Divino Alves Alvim (6)
Divino Alvim, aposentado há mais de 20 anos, continua a participar das assembleias do sindicato

O presidente do sindicato, Rodrigo Franco, o Gaúcho, também se manifestou sobre o número pequeno de participantes. Segundo ele, a ausência pode também ser considerada positiva, já que demonstra a credibilidade dos policiais na diretoria.

Ainda assim, ele considera o comparecimento a essas reuniões fundamental. “A gente precisa que o policial participe das assembleias; de todas elas. A de prestação de contas, mais ainda, porque é a oportunidade de os policiais saberem como a contribuição deles está sendo gasta”, afirmou.

Agente de polícia aposentado há mais de 20 anos e frequentador assíduo das assembleias do Sinpol, Divino Alves Alvim, 77, enxerga a participação como um dever do sindicalizado. Alvim, que recentemente sofreu por um infarto e passou por cirurgias delicadas, nem assim deixa de atender aos chamados do sindicato. “Sempre que recebo a comunicação de qualquer atividade do sindicato, eu compareço”, relata.

UNIÃO DOS POLICIAIS

Jose Maria de Oliveira Mendes (7)
Mendes ressalta que os policiais civis do DF precisam demonstrar mais união

Direito garantido por lei, a participação nas assembleias é livre e não pode ser impedida por nenhum supervisor. Além disso, o sindicato tem se empenhado cada vez mais para comunicar bem aos sindicalizados sobre as atividades que promove. “Informação há. O que precisa mudar um pouco é a mentalidade do policial”, afirma o agente de polícia José Maria de Oliveira Mendes, o Mendes, 48, que está há 20 anos na PCDF.

Para ele, que sempre frequenta as assembleias, a baixa presença dos policiais, em especial em uma assembleia de prestação de contas, demonstra o grau de maturidade política da categoria, que precisa se manter unida. “Para sustentarmos a imagem de uma categoria unida e exemplo não só no DF, mas em todo o Brasil, precisamos participar”, chama a atenção Mendes.

Por mais que a baixa participação possa ser interpretada como uma aprovação do trabalho realizado pela atual diretoria, ao não participar, o policial perde embasamento e tem menos ferramentas para cobrar, criticar e sugerir ações ao sindicato.

“Pode ser que os policiais tenham confiança na diretoria e por isso compareçam mais em outras ocasiões, e não nessas reuniões de prestação de contas. É mais cômodo receber a informação de casa, mas isso não é o ideal”, diz Alvim.

Com as contas aprovadas por unanimidade, para Mendes, a assembleia correspondeu às expectativas. “O trabalho está no caminho certo. Críticas podem existir, mas vejo que há transparência no sindicato, coisa que não havia antes” destaca.

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