O policial Emerson Vaz em noite de autógrafos no lançamento de uma das suas obras (Fotos: Arquivo Pessoal)
O policial Emerson Vaz em noite de autógrafos no lançamento de uma das suas obras (Fotos: Arquivo Pessoal)

Ele conta que antes de ser policial já era poeta. E que esse talento sempre esteve no seu sangue. A sensibilidade facilitou o seu trabalho como policial, pois, como diz, “a poesia é uma arte de vida, que o torna mais humano e mais compreensivo”. E faz dele um policial com uma visão diferenciada do ser humano.

Quem faz essas afirmações é o policial civil Emerson Vaz Borges, 50 anos, que ingressou na Polícia Civil do Distrito Federal em 1992, mediante concurso público. Hoje, ele trabalha na Secretaria de Inteligência.

Emerson explica que a vontade incontrolável de escrever nasceu da leitura da filosofia, área do conhecimento que o interessou desde muito cedo. Ele leu autores como Blaise Pascal, Espinosa, Olavo Bilac, Cecília Meireles e Vladimir Mayakovsky e obras como os Evangelhos segundo Mateus, Marcos, Lucas e João, além de literatura mitológica. Essas influências o levaram a escrever poemas nos quais as dimensões filosófica e mística da condição humana são as características mais marcantes.

“Escrevo o que sinto aqui no peito. Eu costumo dizer que o poeta é um auscultador: ausculta silenciosamente a alma do universo e termina que esse sentimento mexe com a sensibilidade poética das pessoas”, diz Emerson.

O primeiro livro dele, “Vialacteano”, é fruto de uma reflexão sobre Deus, o homem e o universo. Foi escrito na contemplação natural da Via Láctea. Segundo ele, “como um menino que observava as estrelas sem precisar de um telescópio”.

Para Emerson Vaz Borges, a poesia possibilita o despertar da sensibilidade, a intuição de que o universo é algo que pode ser compreendido, além de um “transbordamento espontâneo de nossos sentimentos em relação ao mistério da vida”. A “clarividente intuição de que o ser humano é dotado de atributos que nos fazem capazes de tornar o mundo melhor de se viver”, para Emerson, é outro presente que a poesia dá à consciência humana.

Ao contar seus próximos passos como escritor, Emerson afirma: “esse trabalho é ininterrupto, uma vez que foi dado o primeiro passo, não há mais ruptura. Tentar parar de escrever é como querer estancar a água da fonte: é impossível”.

O autor avisa que está delineando os planos para o seu próximo projeto, sem dar maiores detalhes. “Ainda é cedo para falar.” Os livros dele podem ser adquiridos pelo endereço eletrônico: www.thesaurus.com.br.

Nota da Redação: Se você é, ou conhece algum agente cujo talento vai além da atividade policial, entre em contato conosco para divulgarmos sua história e o seu trabalho pelo e-mail imprensa@sinpoldf.com.br.

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