O Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje) passa hoje por uma situação delicada e que chamou a atenção do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF). O Caje conta com cerca de 270 funcionários, desses 151 são terceirizados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e atuam como monitores dos internos. Com o início do novo Governo, todos os contratos foram cancelados e esses monitores continuam trabalhando mesmo sem receber seus salários há dois meses. Diante da gravidade da situação os monitores ameaçam parar.

O Sinpol, mesmo não representando oficialmente o grupo, mas preocupado com a segurança da sociedade, dos funcionários e dos policiais civis que trabalham no local, procurou a Secretaria de Justiça para saber que providências estão sendo tomadas para resolver definitivamente a questão. À frente do assunto, o segundo vice-presidente do Sinpol, Hélio das Chagas e explica que antes o Caje era de responsabilidade da pasta de Desenvolvimento Social e agora está a cargo da Secretaria de Justiça, “que foi criada após a aprovação do orçamento. Ou seja, a verba destinada para o Caje está na Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho”, coordenada pela deputada distrital, Eliana Pedrosa. “Eles estão brincando com segurança. Comprometer mais de 50% do efetivo por conta de burocracia ou má vontade política é complicado. Se fragilizarmos a segurança no Caje, teremos manchetes nos jornais”, afirma o vice-presidente.

Hélio diz ainda que os monitores estão dispostos a parar, pois tem de sustentar suas famílias: “eles ainda estão lá por uma promessa que serão recontratados e terão aumento salarial. Mas se houver qualquer tipo de rebelião, vão responsabilizar os policiais civis que trabalham no Caje. É aí onde o Sinpol entra, para que o nome da corporação não fique manchado”.

A assessoria da Secretaria de Justiça respondeu ao Sinpol que já fez tudo o que tinha de ser feito, mas agora aguarda uma resposta da Secretaria de Desenvolvimento Social e do Trabalho.

O Sinpol pede que a Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho, que já está com a documentação, que dê agilidade ao processo para evitar problemas. “Podemos evitar conflitos, pois não é difícil resolver a questão”, finaliza Hélio.

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